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Baleia move R$ 1,9 bilhão em bitcoins parados há 10 anos

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Uma baleia moveu 3.000 bitcoins nesta quinta-feira (7) através de 30 transações. As moedas estavam paradas desde 2015, há 10 anos, e estão avaliadas em R$ 1,9 bilhão.

Ao contrário do que aconteceu com outro investidor que moveu 10 mil bitcoins no fim de julho para somente três endereços, essa baleia dispersou sua fortuna entre centenas de carteiras.

A quebra dos fundos entre valores menores pode ter como objetivo dificultar o acompanhamento futuro dessas moedas ou então minimizar possíveis perdas.

Baleia move 3.000 bitcoins parados desde 2015

A movimentação desses bitcoins dormentes foi compartilhada pelo BTC Parser. A ferramenta mostra que as 30 carteiras foram criadas no mesmo dia, 10 de novembro de 2015, cada uma delas contendo 100 bitcoins.

Portanto, isso sugere que a fortuna avaliada em R$ 1,9 bilhão pertence a um único investidor.

Baleia move 3.000 bitcoins parados desde 2015, há 10 anos. Fonte: BTC Parser.

Hoje avaliados em US$ 350 milhões, esses 3.000 bitcoins valiam somente US$ 1 milhão em 2015. Dado isso, o investidor teve um retorno de 350 vezes sobre seu investimento inicial somente deixando suas moedas paradas.

No entanto, as novas transações sugerem que ele não está vendendo suas moedas, mas sim movendo-as para outros endereços próprios.

Isso porque os saldos foram pulverizados entre centenas de carteiras, agora com valores mais baixos.

Baleia realizou 30 transações de 100 bitcoins, dividindo as moedas em valores ainda menores. Fonte: Mempool.space.

Caso tivessem sido movidos para uma corretora ou outro serviço, como aconteceu com os 80.000 bitcoins que foram parar nas carteiras da Galaxy, a transação teria um único endereço de saída.

Movimentação pode estar ligada a prática de segurança

Um motivo que explica essa movimentação de R$ 1,9 bilhão em Bitcoin é a atualização para endereços SegWit (de início bc1q), considerados mais modernos.

Além disso, conforme o Bitcoin passou por uma grande valorização no período, de US$ 340 para US$ 117.000, a escolha por usar múltiplos endereços também pode ser uma estratégia de segurança.

Ou seja, ao invés de segurar R$ 63,4 milhões em cada endereço, agora o investidor possui valores menores em cada carteira, como de R$ 3,1 milhões e R$ 4,2 milhões, por exemplo.

Além de não deixar grandes valores em um único endereço, isso também para dificultar o rastreio dessas moedas por terceiros.

Independente disso, parte da comunidade também está preocupada com vulnerabilidades em carteiras antigas. O caso mais recente foi o da LuBian, que perdeu R$ 79,9 bilhões, na cotação atual, em um roubo ocorrido em 2020, mas divulgado somente nesta semana.

Por fim, movimentações como essa sempre mostram como paciência é fundamental em investimentos, principalmente em Bitcoin.

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Henrique HK

Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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Henrique HK