Arranha-céu com logotipo do Bitcoin. Fonte: MidJourney.
Em nota publicada nesta segunda-feira (18), o banco Standard Chartered (SC) afirmou que o Bitcoin pode chegar a US$ 250.000 em 2025 caso o interesse de Wall Street pela criptomoeda se mantenha nos ritmos atuais.
No entanto, Geoff Kendrick, estrategista cripto da SC, também fez questão de frisar que a visão mundial sobre o Bitcoin mudou muito desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Afinal, muitos russos foram sancionados pelos EUA e países aliados, o que enfraqueceu o dólar americano.
Em outras palavras, embora hoje o Bitcoin esteja em alta por conta de produtos custodiados por terceiros, sua próxima escalada de preços pode estar ligada a suas principais características, ou seja, o fato de ser um ativo descentralizado e anti-censura.
Após o Bitcoin romper sua máxima histórica neste mês de março, diversos investidores, executivos e empresas começaram a especular qual seria o novo teto para a maior criptomoeda do mercado.
Enquanto Richarg Teng, CEO da Binance, apontou que o BTC pode chegar a US$ 80.000 graças a demanda dos ETFs, Robert Kiyosaki, autor do livro ‘Pai Rico, Pai Pobre’, foi além ao dizer que seu alvo está nos US$ 300.000.
O banco Standard Chartered também está animado. Embora tenha afirmado no final de 2022 que o Bitcoin poderia chegar a US$ 5.000 após a falência da FTX, agora o SC aponta que a visão mundial sobre o BTC mudou e isso pode dar início a maior corrida de touros de todos os tempos.
“Acreditamos que as sanções dos EUA e da União Europeia sobre a Rússia aumentaram estruturalmente o apelo dos ativos de reserva não padronizados para os gestores de reservas cambiais”, escreveu Kendrick em nota compartilhada pelo Business Insider. “Os beneficiários mais óbvios disso são o ouro e o yuan chinês (CNY), mas os ativos digitais também poderiam se beneficiar.”
“Caso se beneficiem, podemos esperar que os ativos mais líquidos e maiores — como o Bitcoin — recebam a maior parte dos fluxos.”
Ainda para 2024, o alvo do SC fica para a casa dos US$ 150.000, pouco mais do dobro do preço atual de US$ 67.000. Além de citar a contagem regressiva para o halving, esperado para daqui a 32 dias, o banco também cita os ETFs como principal motivo deste rali.
Para 2025, o Standard Chartered aponta para uma disputa entre Bitcoin e ouro no portfólio dos investidores, fazendo seu preço disparar para os US$ 250.000. Segundo suas pesquisas, um portfólio otimizado seria dividido entre 80% ouro e 20% BTC.
“Assumindo que o preço do ouro permaneça inalterado, o preço do BTC precisaria aumentar para US$ 190.000 para que a participação do BTC subisse para os 20% indicados pela nossa otimização de portfólio.”
Além do Bitcoin, o Standard Chartered também está acompanhando as movimentações em torno da segunda maior criptomoeda do mercado, o Ethereum. Não apenas pelo tamanho do ETH, mas também pelos pedidos de ETFs à vista de gigantes como BlackRock e Fidelity podem criar a mesma pressão de compra que aconteceu no Bitcoin nos últimos dois meses.
Quanto aos alvos, Geoff Kendrick aponta para US$ 8.000 em 2024, mais que o dobro do preço atual, e para US$ 14.000 em 2025, uma alta de 400%. Enquanto o Bitcoin é visto como o ouro digital, muitos investidores consideram o Ether (ETH) como um petróleo digital, necessário para rodar diversos setores da nova economia.
Por fim, previsões como do SC costumam ser muito ousadas, tanto para cima quanto para baixo. De qualquer forma, elas mostram como o setor tradicional está interessado em atender as necessidades de seus clientes.
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