Banco central argentino pretende lançar moeda digital ‘o mais rápido possível’

O peso digital, segundo Noguera, tem uma vantagem crucial: sua rastreabilidade, característica que permitiria uma melhor fiscalização e arrecadação de impostos, algo essencial para equilibrar as finanças do país.

Em meio às eleições presidenciais na Argentina, uma proposta de Moeda Digital de Banco Central (CBDC) começou a ganhar força no país. Juan Agustín D’Attellis Noguera, diretor do Banco Central, falou recentemente ao canal Filo News sobre o plano ‘urgente’ para implementar o “peso digital”.

A proposta é fortemente apoiada pelo candidato presidencial Sergio Massa, que vê na moeda digital uma solução potencial para a crônica inflação que assola o país.

Em contrapartida, o candidato rival, Javier Milei, um notório apoiador do Bitcoin, sugere uma abordagem diferente: a dolarização completa da economia argentina.

Peso digital

O peso digital, segundo Noguera, tem uma vantagem crucial: sua rastreabilidade, característica que permitiria uma melhor fiscalização e arrecadação de impostos, algo essencial para equilibrar as finanças do país.

Além da vantagem fiscal, Noguera abordou o assunto como “urgente”, afirmando que o projeto será apresentado “o mais breve possível” ao Congresso.

Além disso, ele reforçou sua confiança de que tal inovação poderia ser um pilar de estabilização econômica já no próximo ano.

A postura de Noguera ecoa os sentimentos Sergio Massa, que também está defendendo a criação da CBDC.

No início deste mês, Massa prometeu pressionar a criação da moeda digital para combater os persistentes problemas de inflação da Argentina.

Enquanto isso, vários países ao redor do mundo estão explorando ou já implementaram moedas digitais como parte de suas estratégias de modernização monetária e resposta à crescente digitalização das finanças.

A China, por exemplo, avançou significativamente com sua CBDC, chamada Moeda Digital Pagamento Eletrônico (DCEP). Com testes pilotos realizados em diversas cidades, a China vê sua moeda digital como uma maneira de consolidar sua influência monetária em uma escala global.

No Brasil, o DREX já ganhou um piloto e pode ser lançado em meados de 2024. Os Estados Unidos, por outro lado, estão adotando uma abordagem mais cautelosa. O Federal Reserve está atualmente na fase de pesquisa, investigando os possíveis impactos e benefícios de um “dólar digital” para a economia norte-americana.

Na Europa, o Banco Central Europeu tem se mostrado interessado na ideia de um “euro digital”. Embora a discussão esteja em andamento, o objetivo é garantir que o sistema monetário europeu se mantenha relevante em uma era de transações digitais.

Javier Milei

A campanha de Milei argumenta que adotar o dólar dos EUA como moeda oficial, juntamente com a minimização do papel do banco central, seria o caminho para a prosperidade do país.

Com as eleições à porta, a disputa entre uma economia digital e uma economia dolarizada se tornou um dos principais temas de debate na Argentina.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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