Em conferência realizada pelo Banco Central do Brasil, o presidente Roberto Campos Neto afirmou que foi lançado o maior plano de liquidez da história do Brasil. Isso porque, nem na crise de 2008, o Banco Central imprimiu tanto dinheiro no mercado.
Na manhã desta segunda, uma coletiva do Banco Central do Brasil veio alimentar com informações a população. A crise do novo coronavírus já impacta diretamente empregos no Brasil, com empresas fechando as portas para aderir à quarentena.
De acordo com Roberto Campos Neto, o sistema financeiro do Brasil está preparado para aguentar a crise. O BC preparou uma enorme quantidade de dinheiro para garantir a liquidez do sistema.
Crise do Brasil, Banco Central lança maior programa de liquidez da história
Para Roberto Campos Neto, estamos em um momento conturbado, sendo preciso entender os efeitos da crise financeira atual para tomar medidas. As medidas anunciadas pelo BC foram para garantir a liquidez dos bancos, principalmente aqueles médios e pequenos.
A situação de 2008 para hoje é diferente. Em 2008, os bancos tinham liquidez, mas hoje não há. As novas medidas do Banco Central visa ajudar os bancos pequenos e médios
Roberto Campos Neto afirmou que o Banco Central do Brasil ainda não precisou resgatar nenhum banco brasileiro. Campos Neto afirmou que a estimativa total de liquidez injetado nesta segunda é de R$ 1.216 trilhão. A quantia nunca foi impressa antes na história do Brasil.
Em outro ponto, o presidente Campos Neto pode fazer uma previsão de quanto tempo poderá durar a crise. Na estimativa do BC, Roberto Campos Neto chamou de “incógnita para todo mundo, afirmando que compete ao Ministério da Saúde fazer uma projeção do fim da crise“.
O Banco do Brasil não possui a intenção de comprar dividas de empresas, de forma similar ao que o FED anunciou nos últimos dias. Mesmo assim, afirmou que os empréstimos poderão ajudar. O BC do Brasil, não irá tomar medidas como o FED, mas há medidas similares.
Crise de 2008 e de 2020, quais as diferenças de liquidez?
Para Roberto Campos Neto, a crise de 2008 foi de alavancagem dos bancos. Já a crise de 2020, os bancos não estão tão alavancados, com uma reformulação bancária completa nos últimos anos.
A crise de 2020 seria uma crise de incerteza, pois não se sabe como as pessoas vão se comportar. Com o distanciamento social, o padrão de consumo poderá mudar, logo, é uma crise diferente.
Para Campos Neto, é difícil compensar as perdas que o distanciamento social irá causar. A recuperação inclusive será em um formato diferente, principalmente no setor de serviços.
Temos um pacote robusto para enfrentar essa crise
Por fim, o presidente do Banco Central do Brasil afirmou que medidas sendo colocadas em prática atualmente nunca foram feitas no passado. Como as crises são diferentes, as medidas de combate devem ser outras.
Banco Central libera Boletim Focus desta segunda e coloca PIB em queda e câmbio em alta
O Banco Central do Brasil lançou nesta segunda o Boletim Focus, que mostra ao mercado nacional as perspectivas do país. O relatório Focus é enviado ao mercado todas as segundas.
De fato, o PIB, por exemplo, registrou queda nas perspectivas de crescimento, antes em 1,68% para 1,48%. Outro sinal que o Banco Central deu ao mercado é que a taxa Selic se manterá intacta, sem movimentações nos próximos meses.
Já o câmbio, o BC aponta que 2020 deverá ter um aumento, na última semana o dólar era previsto para R$ 4,35, contudo, agora o Banco Central já prevê uma alta para R$ 4,50.
“Estamos em um cenário de incerteza em que não há mais como prever nada”, afirma entusiasta brasileiro de ouro e Bitcoin
De acordo com Avelino Morganti, um dos entusiastas brasileiros de Bitcoin e Ouro, a crise está começando. Avelino destacou em um vídeo nos últimos dias que essa crise chegou muito rápida, sem meios para acabar no curto prazo.
O entusiasta destacou que somos frágeis enquanto ser humano, e muitos não se preparam para a crise atual. Avelino destacou que vem avisando há dois anos sobre uma possível crise, e que o momento é de “sobrevivencialismo”.
Para o analista de ouro e Bitcoin, as pessoas devem se preparar para grandes crises antes que ocorram. Mesmo com quedas nos preços do ouro e Bitcoin, Avelino destacou que como havia comprado antes, está no lucro.
Contudo, Avelino destacou que estamos apenas no começo da crise, com bancos centrais imprimindo trilhões de dinheiro, sem lastro algum. O entusiasta apontou que o momento é bom para o Bitcoin, uma vez que as políticas monetárias não estão alinhadas com a realidade das pessoas.
O que acirra a crise é o distanciamento social, que para a economia. Ou seja, enquanto em 2008 a crise foi difícil, a economia continuou a girar. Entretanto, nesta nova crise o coronavírus impacta o funcionamento e retomada da economia.
Essa crise terá inflação e deflação. Inflação deverá ser vista em comida e medicamentos. Já a deflação será em itens que não são necessários, como carros, imóveis, entre outros.
Para Avelino, as bolsas ainda não começaram a quebrar, nem empresas, mas eventualmente esse cenário poderá ser visto. A liquidez que o Banco Central do Brasil propõe poderá salvar, mas não garante um cenário tranquilo no longo prazo.
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