Banco central da Índia começa testar moeda digital com transações em larga escala

Com a busca dos Bancos Centrais para a emissão de suas próprias moedas digitais, entidades ao redor do mundo estão em fases de estudo e desenvolvimento de seus recursos, alguns até mesmo em fase de testes.

Um dos testes realizados recentemente foi com a Moeda Digital da Índia, que teve um lançamento inicial sem sustos e cumprindo com todo o objetivo para o qual ela foi desenhada.

Segundo informações do The India Times, a moeda digital do banco central (CBDC) do país teve um início consistente e sem falhas em transações em tempo real na terça-feira, com vários bancos usando o dinheiro virtual apoiado pela Mint Road para liquidar quase 50 transações de títulos do governo.

Na índia, o crore corresponde a 10 milhões da menor unidade da moeda fiduciária. Sendo assim, a moeda digital do Banco Central da Índia conseguiu, sem nenhum susto, ser usada para a transação de R$ 170 milhões, um valor impressionante para qualquer teste.

De acordo com as informações, o State Bank of India (SBI), Bank of Baroda, ICICI Bank e o IDFC Bank estão entre os nove credores participantes que concordaram em participar das liquidações e transações inaugurais da CBDC. Além deles, nove credores também fizeram parte do projeto-piloto, incluindo o HDFC Bank, HSBC, o Kotak Mahindra e o Yes Bank.

Cada banco disse que fez pelo menos cinco transações.

Resultados são encorajadores para os bancos

Para Sushanta Mohanty, gerente geral do Banco de Baroda, os resultados são encorajadores para os bancos participantes e pode fazer com que o uso da CBDC ganhe mais tração no futuro.

“O projeto piloto obteve respostas encorajadoras entre os participantes. Essa moeda digital deve ganhar mais tração.”

Cada banco participante possui uma conta em moeda digital, conhecida como conta CBDC, mantida com a Reserve Bank of India (RBI). Os bancos terão que primeiro transferir dinheiro para essa conta de suas respectivas contas correntes.

Sistema de liquidação totalmente diferente do tradicional na Índia

Diferentemente do processo de liquidação existente onde os bancos liquidam as negociações em uma base líquida em uma plataforma dedicada conhecida como NDS-OM, o projeto-piloto da CBDC exige que todas as negociações sejam liquidadas r cobradas em uma base bruta.

Se o banco X estiver comprando títulos do banco Y, a conta CBDC do X será debitada, com um crédito correspondente na mesma conta do banco Y.

Dessa forma as transações podem ser liquidadas no mesmo dia do acordo, diferente do atual sistema, que ela é liquidada apenas a partir do próximo dia após a negociação. Isso pode agilizar o sistema financeiro da Índia caso a solução comece a ser utilizada em larga escala.

“O RBI pode expandir casos de uso da CBDC em outras transações por atacado se o projeto piloto for bem-sucedido.” disse um comerciante de um banco participante.

Com isso, a Índia mostra que as CBDCs podem ser usadas efetivamente, oferecendo uma solução mais prática que o sistema tradicional. No entanto, vale ressaltar que essas moedas não são criptomoedas como o Bitcoin e o Ethereum e não possuem a mesma natureza ou vantagens que as criptos que já conhecemos, principalmente por serem centralizadas.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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