O Banco Central do Brasil apresentou as 14 instituições selecionadas para participar do piloto do Real digital, a CBDC brasileira. Na divulgação, fica claro que a maioria das instituições escolhidas são de bancos regulados.
Apesar de não ser bem uma surpresa, visto que o BC havia divulgado que apenas instituições reguladas poderiam participar, algumas empresas do mercado de criptomoedas mantinham esperanças de colaborar com o projeto.
De qualquer forma, com a escolha realizada, as instituições agora poderão realizar testes com a tecnologia blockchain para tokenização de ativos. A expectativa é que até o final de 2023 o banco central finalize os principais testes.
Confira quem foi selecionado a participar do piloto do Real digital
Em nota, o Banco Central do Brasil divulgou que mais de 100 instituições enviaram registros para participar do piloto, entre candidaturas individuais e de consórcios. Assim, mais de 36 propostas de interesse chegaram para avaliação pela autarquia, que fez sua escolha.
Assim, o Comitê Executivo de Gestão (CEG) divulgou que as 14 instituições escolhidas para a atual fase são:
- Bradesco
- Nubank
- Banco Inter, Microsoft e 7Comm
- Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM
- Itaú Unibanco
- Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin
- SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred
- XP, Visa
- Banco BV
- Banco BTG
- Banco ABC, Hamsa, LoopiPay
- Banco B3, B3 e B3 Digitas
- ABBC: bancos Brasileiro de Crédito, Ribeirão Preto, Original, ABC, BS2 e Seguro; ABBC, BBChain, Microsoft e BIP
- Banco do Brasil.
Destas, aquelas instituições já envolvidas com o mercado de criptomoedas são várias, como o Nubank, Santander, Itaú, Foxbit, XP, Banco BTG e B3 Digitras. Outras mais já realizam testes com blockchain, como a CPqD, Parfin, AWS, Microsoft, entre outras mais.
De acordo com o banco central, as instituições deverão ser incorporadas ao piloto do Real digital até no máximo final de junho de 2023.
O que as instituições escolhidas farão agora?
Durante a fase piloto do Projeto RD, serão realizados testes nas funcionalidades de privacidade e programabilidade por meio da implementação de um caso de uso específico: um protocolo de entrega contra pagamento (DvP) de título público federal entre clientes de diferentes instituições, juntamente com os serviços relacionados a essa transação.
Esse caso de uso permite concentrar os testes na privacidade, pois envolve a troca de informações entre os vários participantes da plataforma, ao mesmo tempo, em que avalia a programabilidade dos serviços oferecidos e sua interoperabilidade.
Até o final de 2024, o Real digital deve entrar em sua fase de execução e a autarquia espera ter todos os testes com resultados satisfatórios.