Através de suas redes sociais, a corretora Binance afirmou estar orgulhosa por colaborar com autoridades americanas. Além da ação ter confiscado R$ 22 milhões em criptomoedas de um grupo de hackers da Coreia do Norte, suas contas também foram congeladas.
Na nota, a Binance também afirmou que a tecnologia por trás das criptomoedas é ótima para investigar e solucionar crimes, devido a sua transparência.
“Agimos proativamente contra contas conectadas a esses indivíduos há mais de um ano, em conformidade com mandados cumpridos legalmente e em colaboração com as autoridades”, escreveu a Binance nesta quarta-feira (24). “A blockchain fornece uma quantidade enorme de transparência, o que permite que a aplicação da lei descubra esses tipos de crimes.”
Enquanto a Binance se ateve a detalhes mais técnicos, as autoridades americanas foram além em suas declarações, afirmando que os hackers norte-coreanos possuem ligação com o governo de Kim Jong-un.
“A Coreia do Norte conduz atividades cibernéticas maliciosas e emprega trabalhadores de TI que obtêm emprego de forma fraudulenta para gerar receita, inclusive em moeda virtual, para apoiar o regime de Kim [Jong-un] e suas prioridades, como suas armas ilegais de destruição em massa e programas de mísseis balísticos.”
Seguindo, os EUA apontam que hackers da Coreia do Norte roubaram bilhões em criptomoedas nos últimos anos. Apenas em 2022, os valores estimados ficam entre R$ 3,15 a R$ 5 bilhões.
Ou seja, os US$ 22 milhões confiscados recentemente são uma quantia muito pequena em comparação ao total movimentado pelos hackers, mas já é um começo. Além da Coreia do Norte, os EUA também estão focando em criminosos russos.
Continuando sua denúncia, os EUA também afirmam que o governo da Coreia do Norte está treinando tais indivíduos, para que depois o lucro seja distribuído para o Estado.
“A Universidade de Automação de Pyongyang é responsável pelo treinamento de cibercriminosos”, aponta a denúncia. “Muitos dos quais trabalham em unidades cibernéticas subordinadas ao Reconnaissance General Bureau — o principal departamento de inteligência e principal entidade da Coreia do Norte responsável pelas atividades cibernéticas maliciosas do país.”
Após o treinamento estatal, os EUA afirmam que os hackers coreanos se infriltram em empresas russas e chinesas usando identidades falsas, incluindo projetos ligados a criptomoedas.
“Os trabalhadores de TI da Coreia do Norte também usam corretoras de moedas virtuais e plataformas de negociação para gerenciar pagamentos digitais que recebem por contrato de trabalho, bem como para lavar esses fundos obtidos ilicitamente e enviá-los volta à Coreia do Norte.”
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