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Bitcoin cai abaixo de US$ 30 mil com temores da variante Delta se espalhando pelo mundo

Na última segunda-feira (19), as ações da DOW também sentiram a queda no mercado, que pode ter chegado ao criptomercado.

O Bitcoin caiu novamente abaixo de US$ 30 mil no mercado, em dia marcado pela aversão ao risco financeiro no mundo. Investidores estão preocupados com a variante Delta, que significa o próximo estágio da pandemia do coronavírus.

A variante Delta está impulsionando novas ondas de Covid-19 em todo o mundo, incluindo em países altamente já vacinados e que já conseguiram controlar o vírus.

A variante, que é resistente a vacinas e possivelmente capaz de causar doenças mais graves, também está gerando uma onda de novos casos nos Estados Unidos e muitas regiões – incluindo partes da Europa, Israel e Austrália

Como resultado, apesar da queda atual não ter um motivo claro, o mercado de criptomoedas está refletindo quedas acentuadas nos mercados de ações ao redor do mundo.

Assim, a moeda digital mostra que poderia até estar correlacionada com ativos tradicionais, de acordo com especialistas.

A moeda digital caiu 5% nas últimas 24 horas, sendo negociado agora por US$ 29.700,00. Em algumas corretoras, o preço chegou a US$ 29.270,00, que é a mínima do dia.

A nova queda do Bitcoin acontece após um fechamento diário na região dos US$ 30.800,00, mas com a presença de forte desconfiança em investidores de vários mercados.

O mercado havia visto tal movimento de baixa pela última vez no dia 21 de junho, quando a cotação do Bitcoin chegou a US$ 28.800,00.

Preço do Bitcoin perde os US$ 30 mil

Na última segunda, o índice Ibovespa no Brasil fechou em queda de 1,24%, menor cotação desde maio de 2021, abalada pela pandemia e pelo petróleo. No entanto, a bolsa de valores brasileira não estava sozinha nas quedas.

Isso porque, o índice Dow Jones também caiu 2,1% na mesma data, a maior queda desde outubro de 2020. Já a Nasdaq, mais ligadas a ações de tecnologia nos Estados Unidos, também caiu 1,1%, com o S&P 500 despencando 1,6%.

Dessa forma, com tudo caindo no mercado financeiro global, o Bitcoin pode ter seguido os passos das bolsas de valores, segundo o analista Daniel Lacalle.

De acordo com ele, apesar disso, a moeda digital tem ganhado mais adoção no mercado.

“A montanha-russa do Bitcoin mostra que ele está muito correlacionado a outros ativos financeiros, mas aos poucos se torna amplamente utilizado.”

Já em uma análise do Market Watch mostrou que nesta terça a queda nas ações já estavam se normalizando, mas as criptomoedas continuam em queda. Isso pode estar acontecendo devido a uma aversão ao risco, que permanece alta no mercado.

“As ações globais se estabilizam após o pior dia do Dow em 2021, enquanto as criptomoedas despencam, pois a aversão ao risco permanece alta”

Mercado acordou com urso do Bitcoin?

Com o preço do Bitcoin perdendo a região psicológica dos US$ 30 mil, muitos se preocupam com o futuro da cotação da moeda, que atravessa uma fase de urso. Isso significa que a tendência do mercado pode estar sendo de baixa, levando muitos a operar com cautela em corretoras, buscando posições em Dólar, por exemplo.

O principal perfil no Twitter relacionado ao Bitcoin acabou compartilhando a imagem de um urso com fundo vermelho, indicando que a comunidade de moeda segue acompanhando a queda do mercado.

Com a nova queda do Bitcoin associado ao mercado de ações, os críticos saíram da toca, como por exemplo Peter Schiff, que afirmou que o Bitcoin não é um ativo de reserva de valor, mas um ativo de risco.

“Hoje, com a queda dos ativos de risco, os investidores se abrigaram em seu porto seguro de escolha. O iene japonês, o franco suíço, o dólar americano, os títulos do Tesouro e ouro todos negociados em alta no dia. Você notará que os investidores não buscaram refúgio em Bitcoin, pois é um ativo de risco, não um porto seguro!”

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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