O preço do Bitcoin voltou a cair abaixo de US$ 19.000 nesta quarta-feira (28), fazendo US$ 60 bilhões serem varridos do mercado de criptomoedas. A moeda digital desvalorizou mais de 8% só nas últimas 24 horas.
O bitcoin está sendo negociado atualmente por US$ 18.900, de acordo com dados do CoinGecko. A maior criptomoeda do mundo subiu nos últimos dias, chegando a ser negociada por US$ 23.500, antes de cair novamente abaixo da marca de US$ 20 mil.
Desde a queda de preço da semana passada para US$ 18.100, impulsionada pelo aumento da taxa de juros do Fed dos EUA, o bitcoin se acalmou em torno de US$ 19 mil, e permaneceu a maior parte do fim de semana nesta região de preço.
Então veio a segunda-feira, quando o bitcoin caiu para US$ 18.600. No entanto, o ativo entrou na ofensiva na terça-feira e aumentou mais de US$ 1.500 em poucas horas. Como resultado, disparou para uma alta de 12 dias para mais de US$ 20.300.
Nesse ponto, porém, começaram a surgir relatórios de que os traders estavam colocando ordens de venda na região de US$ 20.000, o que sugeria quedas de preço futuras. Isso realmente aconteceu, e o bitcoin caiu para US$ 18.500 horas depois.
O Bitcoin está longe de ser o único afetado pela recente queda de preços. O Ethereum também perdeu os ganhos dos últimos dias e caiu abaixo de US$ 1.300 em uma queda de -7,7%.
Outras principais criptomoedas, como BNB, Solana e Cardano, também registraram grandes quedas de preço. No momento da redação deste artigo, todas as 100 maiores criptomoedas por capitalização de mercado mostraram um movimento de preço negativo.
A Ripple (XRP) foi o que mais sofreu das 10 maiores altcoins. O ativo caiu mais de 12% em um dia, para US$ 0,42.
O índice de força relativa de 14 dias de 41 mostra que o Bitcoin pode entrar na região de sobrevenda se os ursos permanecerão no comando. Fazendo o bitcoin ver preços mais baixos.
À luz da desaceleração econômica deste ano, desencadeada pelo aumento da inflação, taxas de juros crescentes e crise de energia, o Bitcoin perdeu mais de 60% de seu valor no acumulado do ano, atualmente sendo negociado 73% abaixo da alta histórica de novembro de 2021.
Bitcoin vai cair mais?
De acordo com dados da Glassnode, os proprietários de bitcoin de longo prazo estão se tornando cada vez mais propensos a manter suas moedas. Embora alguns deles sempre existiram ao longo da história de mais de uma década do Bitcoin, o recente aumento de moedas que não se moveram em um período contínuo de 90 dias atingiu o ponto mais alto desde 2010.
A inflação parece ser a principal força motriz do caos que vem causando estragos no mercado cripto nos últimos meses, à medida que os bancos centrais se apoiam no aumento das taxas de juros para combater o dilema econômico.
Conforme o bitcoin cai, a indústria de criptomoedas testemunha falências notáveis e problemas de insolvência que também impede a alta dos ativos digitais.
Alguns especialistas acreditam que, quando certas condições acontecem, a criptomoeda sofre uma queda severa.
Acredita-se que se a taxa de inflação subir entre 9,5% e 10%, o Federal Reserve dos EUA poderá ter uma reunião de emergência para discutir outra rodada de aumentos das taxas de juros.
Se isso acontecer, os participantes alavancados nos mercados de criptomoedas serão novamente afetados de maneira negativa e isso poderá levar o preço do Bitcoin a cair abaixo de US$ 18.000.
