Bitcoin pode ser desligado com 21% do poder de mineração, diz pesquisa teórica

O ataque é teórico e nunca foi tentado antes.

O Bitcoin é famoso por ter uma rede descentralizada, o que é uma garantia de um sistema robusto e a prova de indisponibilidade. Há 11 anos em funcionamento, a rede sempre teve poder computacional para se defender de ataques e nunca ficou fora do ar. Mas de vez em quando surgem novas teorias sobre como derrubar a rede.

De acordo com um artigo acadêmico publicado por pesquisadores da Cornell Tech e da Technion Israel Institute of Technology, a rede do Bitcoin pode ser derrubada com ajuda de 21% dos mineradores. A pesquisa sugere que a estratégia para “travar a blockchain” até então era desconhecida.

Os pesquisadores chamam o ataque de negação de serviço na blockchain (BDoS). O estudo foi apresentado na conferência sobre segurança da informação ACM SIGSAC no dia 20 de outubro.

Pagar mineradores para derrubar a rede

Os pesquisadores indicam que um BDoS é o primeiro tipo de ataque que “usa um mecanismo de recompensa para desencorajar a participação na mineração.”

De forma resumida: a rede do Bitcoin consiste em mineradores que usam poder de computação para validar transações e adicioná-las na blockchain. Por isso, eles recebem uma taxa da mineração. Além disso, também existem nós que verificam se tudo está certo. Eles não têm incentivos financeiros.

O ataque se resume em o atacante oferecendo uma recompensa de mineração para quem aderir ao ataque.

Em outras palavras, o ataque tem como o alvo o sistema de recompensas, desencorajando a participação de mineradores na rede. O invasor publica uma prova de trabalho na blockchain (com vantagem de recompensa de mineração) fazendo com que outros mineradores tenham desvantagem de mineração.

Na teoria, a recompensa faria com que outros mineradores sintam que estão em minoria e em desvantagem. De acordo com os pesquisadores, isso significa que os mineradores “racionais” vão parar de minerar assim que descobrirem que estão perdendo dinheiro.

“Se a lucratividade for tão grande que todos os mineradores parem de minerar, o invasor também pode parar de minerar. Então, A blockchain chega a uma paralisação completa. ”

Ittay Eyal, professor da Technion e coautor do estudo, define o ataque como “mineração egoísta”. O invasor precisa oferecer mais do que os mineradores ganham com recompensas. O objetivo do ataque é destruir a moeda, em vez de lucrar ou roubar ativos.

O custo do ataque, no entanto, é salgado, pois para convencer 21% dos mineradores a aderir ao ataque não sairia barato. Além disso, existem diversas formas de mitigar o ataque.

Os autores da pesquisa sugerem que o Bitcoin se tornará mais vulnerável a ataques BDoS conforme a indústria cresce e a lucratividade diminui.

Como a rede do Bitcoin é composta por milhares de dispositivos, nós e mineradores, um ataque DoS é muito difícil. A rede é descentralizada e, portanto, protegida contra esses ataques.

Antes da nova pesquisa, sempre se pensou que um invasor deveria obter pelo menos 51% do poder de computação para derrubar a rede. Isso não seria necessário em um ataque BDoS.

Teoricamente é possível travar a rede com menos recursos.

Eles afirmam, portanto, que apenas 21% do poder total de computação é necessário para ter sucesso no ataque.

O ataque é teórico e nunca foi tentado antes.

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