Homem pegando bitcoin pegando fogo
O Bitcoin pode oferecer uma oportunidade grande com a crise mundial que se apresenta nos últimos meses e cada vez mais precificada pelos mercados financeiros, com bolsas em queda há e temores de recessão maiores.
A moeda digital está prestes a completar 14 anos de vida, sendo a primeira divisa já criada na história da humanidade a não ter um controle central.
Mesmo assim, sua cotação em Dólar não passa por um bom momento de mercado e o bitcoin está valendo apenas US$ 19 mil hoje, com uma queda acumulada de 72% nos últimos 10 meses.
Em um artigo escrito por Estefano Debernardi, Gerente de Desenvolvimento de Negócios para Latam da CoinsPaid, ele discutiu sobre os atuais desafios econômicos, que podem significar a maior crise mundial dos últimos 22 anos.
De acordo com ele, a queda dos mercados nos anos 2000, com a bolha da internet, foi terrível para investidores principalmente norte-americanos, que perderam muito dinheiro.
Mas mesmo quem comprou na alta daquele mercado e aguardou por 14 anos, conseguiu ter lucros em 2014 com a volta de várias ações a um mercado de alta.
Mas a atual crise envolve comida, tensões geopolíticas e inflação pelo mundo, o que tem sido novamente um cenário preocupante para qualquer investidor. Para Estefano, a crise atual quebra as regras da economia dos últimos 77 anos.
“Além da crise alimentar e energética, podemos enfrentar uma redistribuição completa dos mercados no nível geopolítico. Uma mudança dessa magnitude leva a uma maior volatilidade e perdas de eficiência no longo prazo. Ele quebra radicalmente as cadeias de suprimentos e as regras da economia global que existem nos últimos 77 anos.”
Segundo ele, no curto prazo é possível que as criptomoedas sigam as cotação de ações de bolsas de valores, caindo em relação ao Dólar.
Contudo, no longo prazo, é possível que o Bitcoin seja uma das maiores oportunidades para investidores, se tornando independente das oscilações do mercado financeiro tradicional.
“Enfrentamos uma situação semelhante à de 22 anos atrás, no entanto, a crise de hoje é muito mais grave do que em 2000. No curto prazo, o mercado de criptomoedas seguirá o movimento das ações. Ainda assim, à medida que a indústria evolui e novos usos aparecem, ela tem a chance de se tornar um player independente. Em qualquer crise, o capital busca um “porto seguro” seja ele metais preciosos, alimentos ou até mesmo criptomoedas.”
Para o gerente da CoinsPaid, a sua visão é de que as criptomoedas já superarão o Euro, moeda do bloco Europeu superada pelo Dólar em 2022.
Mas isso é apenas uma prova do colapso de moedas fracas durante a crise mundial de 2022, que pode ser a pior dos últimos 22 anos. Tudo isso leva as pessoas a conhecerem as criptomoedas e o Bitcoin como porto seguro, visto que não são moedas controladas pelos governos.
“Mesmo durante o “inverno cripto”, com a queda repentina no valor das criptomoedas, a Coinspaid se surpreende ao se dissociar da desvalorização das criptomoedas e do fraco desempenho do mercado de ações. Isso significa que o interesse por criptomoedas continua crescendo e está se tornando parte do dia a dia de mais pessoas e mudando sua relação com o dinheiro e se tornando um novo porto seguro.
Apesar da volatilidade que os principais ativos criptográficos apresentam em cenários de crise e com queda nos mercados financeiros, a valorização das criptomoedas mostra-se maior do que as ações ou em relação ao desempenho de moedas fiduciárias como o euro, moeda que sofreu uma forte desvalorização em relação a outras moedas.”
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