Bitcoin tem cenário perfeito para 2024, diz João Paulo Mayall, cofundador da QR Capital

Fechando o 3º trimestre de 2023 em US$ 27.000, o Bitcoin já apresenta ganhos de 63% no ano. No entanto, é possível que a maior criptomoeda do mercado não esteja precificada para o cenário de 2024, que promete ser ainda melhor para investidores.

Por um lado, o Bitcoin terá uma redução em sua inflação devido ao halving, que acontecerá em meados de abril. Em suma, a recompensa dos mineradores passará de 6,25 bitcoins por bloco para apenas 3,125 BTC.

Inflação do Bitcoin cairá para 0,85% após seu 4º halving. Fonte: Bitbo.
Inflação do Bitcoin cairá para 0,85% após seu 4º halving. Fonte: Bitbo.

Enquanto isso, os principais analistas do mundo acreditam que os ETFs de Bitcoin à vista nos EUA serão aprovados em 2024. A Comissão de Valores Mobiliários precisa responder a grande parte dos pedidos até meados de março, culminando com a data do halving.

Em outras palavras, o Bitcoin poderá passar por uma queda em sua inflação ao mesmo tempo em que se encontra com o mercado trilionário de Wall Street.

Das maiores gestoras com pedidos de ETF em aberto, BlackRock possui US$ 8,6 trilhões em ativos sob gestão, já a Fidelity administra outros US$ 4,5 trilhões. A lista segue com outros nomes como Invesco, VanEck, Valkyrie, Wisdomtree e a brasileira Hashdex.

Aumento da base monetária mundial é mais um cenário benéfico para o Bitcoin

Conversamos com João Paulo Mayall, cofundador da QR Capital e CEO do BlockTrends, que revelou suas previsões para o Bitcoin.

Falando por videoconferência de Jekyll Island, Georgia, nos Estados Unidos, o empresário afirmou que uma das maiores características do Bitcoin é a sua oferta controlada pela matemática. No total, existirão apenas 21 milhões de unidades, isso sem descontar os diversos bitcoins perdidos por investidores desastrados.

Por outro lado, governos continuam imprimindo suas moedas sem qualquer limite. Embora bancos centrais tenham ‘pisado no freio’ recentemente para controlar a desvalorização de suas moedas, é esperado que eles continuem com a expansão monetária para evitar recessões.

No gráfico abaixo, compartilhado por Mayall, fica clara a ligação entre o preço do Bitcoin (em preto) e a oferta monetária das doze maiores economias do mundo (em azul) nos últimos 8 anos.

Oferta monetária agregada (em USD) dos bancos centrais dos EUA, Japão, China, Reino Unido, Europa, Índia, Brasil, México, Canadá, Austrália, Rússia, Coreia do Sul e Suíça contra o preço do Bitcoin. Fonte: TradingView.
Oferta monetária agregada (em USD) dos bancos centrais dos EUA, Japão, China, Reino Unido, Europa, Índia, Brasil, México, Canadá, Austrália, Rússia, Coreia do Sul e Suíça contra o preço do Bitcoin. Fonte: TradingView.

João Paulo acrescenta que, no Brasil, a inflação real desde janeiro de 2022 ultrapassa os 30% conforme a oferta monetária saiu dos R$ 4,2 trilhões para os R$ 5,5 trilhões. Ou seja, quem ganhou menos que 30% no período, perdeu dinheiro.

Brasil money supply M2
Brasil money supply M2

Banco Central dos EUA pode iniciar cortes nas taxas de juros em 2024

Outro fator que pode contribuir para uma alta do Bitcoin em 2024, segundo o CEO do Blocktrends, é a política monetária do Banco Central dos EUA, o Federal Reserve.

Tentando controlar a perda do poder de compra do dólar, o Fed iniciou uma rápida escalada nos juros em 2021, mas isso trouxe consequências devastadoras para o mercado.

Além de pressionar ativos de risco como o Bitcoin, o aperto monetário também acabou quebrando bancos americanos, que precisaram ser resgatados.

Entre 5,25 e 5,5%, a taxa de juros americana está em seu maior nível das últimas duas décadas. Muitos analistas acreditam que isso não seja sustentável no cenário atual, com a dívida pública americana atingindo seu teto novamente.

Taxa de juros nos EUA desde o ano 2000. Fonte: FRED.
Taxa de juros nos EUA desde o ano 2000. Fonte: FRED.

Na última reunião, o Fed optou por pausar essa escalada nos juros. Portanto, um afrouxo monetário pode estar chegando para 2024, enfraquecendo o dólar e forçando investidores a procurarem outros investimentos que possam vencer a inflação.

Por fim, todos esses fatores são excelentes motivos para acreditar que o Bitcoin nos US$ 27.500 não esteja precificado. Em outras palavras, há espaço para uma alta ainda no último trimestre de 2023, mas principalmente para o próximo ano.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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