Negociado a US$ 87.400 nesta terça-feira (12), o Bitcoin atingiu um valor de mercado de US$ 1,7 trilhão, ultrapassando a prata. Tal métrica é calculada pelo preço do ativo multiplicado pelo número de unidades em circulação.
Essa é a segunda vez que isso acontece na história. Da primeira, em 2021, tanto o Bitcoin quanto a prata estavam com um valor total de US$ 1,37 trilhão cada, mas o metal logo reassumiu o posto que perdurou por três anos.
Em relação ao ouro, ao qual o BTC é frequentemente comparado, a criptomoeda está com 10% de seu valor.
De qualquer forma, ultrapassar a prata, um metal de história milenar tanto em ornamentos quanto em moedas, assim como o ouro, é um feito histórico e merece ser celebrado.
Por outro lado, a comparação ao ouro também mostra que o Bitcoin tem um potencial de alta de ao menos 10 vezes. Muitos defensores do BTC apontam que ele tem muito mais qualidades que o metal, desde transportabilidade, armazenamento, divisibilidade e outros.
ETFs continuam comprando Bitcoin igual criança compra bala
O apetite de grandes investidores por Bitcoin só aumenta à medida que o preço da criptomoeda sobe. Para Hunter Horsley, CEO da gestora Bitwise, esse efeito é único do Bitcoin porque o contrário acontece com ações.
Tal comportamento pode ser visto pelos ETFs americanos, incluindo o BITB da Bitwise.
Nesta segunda-feira (11), foram US$ 1,114 bilhão (R$ 6,44 bilhões) em compras à medida que o Bitcoin se aproximava dos US$ 90.000. Os líderes do dia foram o IBIT da BlackRock (US$ 756 milhões), FBTC da Fidelity (US$ 135 milhões) e ARKB da Ark Invest (US$ 108,6 milhões).
Essa foi a segunda maior compra diária desde que os ETFs foram lançados, em janeiro desse ano. O recorde fica para a última quinta-feira (7), com US$ 1,38 bilhão (R$ 8 bilhões)
Voltando a comparação do Bitcoin com metais, o ETF de Bitcoin da BlackRock já é maior que seu ETF de ouro, que foi lançado há 19 anos.
Conforme mais gerações estão cada vez mais ligadas à internet e novas tecnologias, esse é mais um ponto a favor do Bitcoin contra ouro e prata. A diferença de liquidez desse mercado, bem como a facilidade da autocustódia, também são outros pontos a serem considerados.
Projeção de alta
Segundo análise de Paula Reis, Analista CNPI-T e parceira da Ripio, a expectativa de que o Bitcoin continue rompendo topos históricos ganha força com a recente valorização do dólar, impulsionada pelo cenário pós-eleições no Brasil e pela redução nas taxas de juros.
Com a moeda americana em alta, o índice DXY, que mede a força do dólar em comparação com as seis principais moedas do mundo, segue uma tendência positiva desde setembro e pode atingir até 107,33 pontos, uma valorização superior a 1,50%.
No contexto de alta do dólar, o Bitcoin no Brasil também deve aproveitar o momento, com Paula Reis indicando um suporte técnico para a criptomoeda em R$ 480.000.
Em uma possível correção, o preço poderia testar este nível antes de retomar a trajetória de alta. O alvo projetado para o BTC é de R$ 590.000, representando uma valorização de 20% em relação ao preço atual.
“Considerando este cenário macro do dólar e analisando o Bitcoin, vejo os R$ 480.000 como um suporte a ser testado em uma correção técnica da moeda. Já o alvo, está em R$ 590.000,00 que representa uma alta de 20% do preço atual.”, disse em nota ao Livecoins.