A CPI das Pirâmides Financeiras em Brasília avança com a tomada de depoimentos na próxima terça-feira (22), e espera ouvir o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e o presidente do Santos, Andrés Rueda, pelo envolvimento do clube com a Blaze.
Além disso, os deputados convocaram o irmão e empresário de Ronaldinho, Roberto de Assis Moreira. Outro convocado a prestar depoimento é o fundador da empresa 18k Ronaldinho, Marcelo Lara.
As convocações ocorreram a pedido de deputados, que esperam entender como funcionou a 18k Ronaldinho, uma pirâmide de criptomoedas acusada por clientes de operar um esquema milionário.
Já com relação a Blaze, uma casa de jogos e apostas, os parlamentares esperam que o presidente do Santos ajude a desvendar os mistérios que rondam a empresa, sem sede no Brasil.
A tomada de depoimentos está marcada para acontecer no Anexo II, Plenário 09 da Câmara, no dia 22/08/2023, às 14:30 horas. Haverá transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da Câmara dos Deputados.
Ronaldinho diz que teve sua imagem utilizada indevidamente pela 18k Ronaldinho
De acordo com a Agência Câmara de Notícias, o deputado federal Ricardo Silva (PSD-SP) que pediu a oitiva com o ex-jogador, em busca de esclarecimentos.
“A empresa afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas e prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia, supostamente baseado em operações com moedas digitais.”
Ronaldinho Gaúcho afirma que teve sua imagem usada indevidamente e que
também teria sido lesado. Mas Silva lembra que, em 2020, “Ronaldinho se
tornou réu em uma ação que pede R$ 300 milhões por prejuízos a investidores”.
Silva pediu ainda a convocação do irmão do atleta Roberto de Assis Moreira e do sócio da 18K, Marcelo Lara. Em busca de solucionar o caso aos clientes, a CPI quer conversar com os possíveis responsáveis do crime.
Presidente do Santos deve entregar contrato com a Blaze para CPI das Pirâmides Financeiras
Além dos representantes da 18K, a CPI também ouvirá nesta terça o presidente do Santos Futebol Clube, André Rueda.
O clube tem o patrocínio da empresa de cassino e apostas on-line Blaze, que é acusada de fraude. “Ciente de que os responsáveis pelas plataformas de jogos de azar sediadas no exterior se valem de criptoativos como métodos de pagamento dos prêmios e para receber recursos, imperioso questionar aos convocados quem são os representantes da plataforma Blaze no País“, afirma o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ).
Ele quer ainda que o Santos entregue o contrato de patrocínio assinado com a Blaze, que pode fornecer mais detalhes sobre o funcionamento da empresa.