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Brasil já importou R$ 3,82 bilhões em criptomoedas em 2023

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Dados do Banco Central do Brasil, envolvendo a Balança Comercial, indicam que até maio de 2023, o país já importou R$ 3,82 milhões de criptomoedas, o maior valor em 5 anos.

Ou seja, os dados das autoridades brasileiras comprovam que o Brasil vive um momento de grande adoção de criptomoedas, principalmente o Bitcoin, a principal moeda digital descentralizada do mercado.

Desde 2016, os dados de importação de criptomoedas no Brasil estão disponíveis, mas o BCB demonstrou nos últimos dias os dados desde 2018.

Cresce compra de criptomoedas por brasileiros e 2023 registra recorde no início do ano

O Gráfico 2 abaixo, obtido pelo Livecoins, ilustra o comportamento das importações líquidas de criptoativos, o qual é o resultado da diferença entre as importações e exportações, ao longo de doze meses desde janeiro de 2018.

Embora a série de dados tenha início em 2016, é no período mais recente que as transações com criptoativos se destacam, como claramente evidenciado no gráfico.

Essas importações, juntamente com aquelas de menor valor, desempenham um papel crucial no aumento da discrepância entre os valores calculados pelo BCB (Banco Central do Brasil) e os valores apurados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Ao analisar os números ao longo dos anos, os dados sugerem um crescimento significativo nas importações de criptomoedas: US$ 3,0 bilhões em 2019, US$ 3,3 bilhões em 2020, um salto para US$ 5,9 bilhões em 2021 e um impressionante valor de US$ 7,5 bilhões em 2022.

Para o acumulado de 2023 até maio, as importações já somam US$ 3,82 bilhões, enquanto no mesmo período do ano de 2022 foram US$ 3,22 bilhões e, em 2021, foram US$ 2,5 bilhões.

Cresce a quantidade de importação de criptomoedas na balança comercial brasileira até maio de 2023. Reprodução.

Os dados divulgados pelo Ipea na última segunda-feira (17) envolve o 3º trimestre de 2023 mostram a evolução das importações, após o início do ano registrar grande importação de criptomoedas no Brasil.

Entenda como o Banco Central apura os dados de criptomoedas no Brasil

De acordo com a recomendação do FMI, criptomoedas são contabilizadas na conta de balança comercial de bens, o que significa que as transações envolvendo a transferência de propriedade entre residentes e não residentes são levadas em consideração ao calcular o saldo comercial.

Quando um residente realiza a transferência de propriedade de um criptoativo para um não residente, essa transação é classificada como uma exportação. Por outro lado, quando ocorre a transferência de um não residente para um residente, é considerada uma importação.

É importante destacar que as transações são estimadas com base em contratos de câmbio, pois não há informações detalhadas sobre importação e exportação de criptoativos nos registros aduaneiros.

Assim, eles não são incluídos nos dados oficiais da balança comercial divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

Vale lembrar que os criptoativos não atendem ao critério necessário para serem classificados como ativos financeiros, pois não possuem uma contrapartida devedora.

Em vez disso, são considerados ativos não financeiros e, consequentemente, são registrados na conta de transações correntes do balanço de pagamentos.

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Autor:
Gustavo Bertolucci