Brasil tem liderado pagamentos em criptomoedas para os Estados Unidos na América Latina (Foto/Reprodução)
Um estudo divulgado pela Reown nesta quarta-feira (23) aponta que o Brasil lidera os pagamentos em criptomoedas na América Latina e que tem como destino os Estados Unidos. Ou seja, o país que mais utiliza a nova tecnologia para remessas financeiras onchain.
Ao citar o Brasil, o The State of Onchain Payments 2025 indica que o uso de stablecoins é o maior caso de uso das criptomoedas no país, seja em remessas ou pagamentos corporativos.
Entre os fatores que impulsionam a adoção, o estudo indica que a clareza regulatória do país, aliada com as menores taxas em transações com criptomoedas têm atraído os brasileiros.
Criado pela Reown em colaboração com a WalletConnect Foundation e apresentando insights de líderes da Fireblocks, TON Foundation, Paxos, Triple-A, Binance Pay, Zero Hash, MoonPay, Borderless, Mercado Bitcoin, Shift4, Crypto.com, 1kx e Stellar Development Foundation, o estudo ouviu mais de 1 mil pessoas em parceria com o YouGov.
Além disso, utilizou mais de 300 milhões de sessões na WalletConnect para analisar o comportamento de seus usuários. Um dos destaque do estudo também está no fato de que 75% dos participantes revelaram a preferência por realizar a custódia em corretoras e não em carteiras.
Ao afirmar que o Brasil é o país com mais transações em criptomoedas onchain, o estudo indica que o uso segue em crescimento além das corretoras e plataformas do mercado. Além disso, o país supera a Argentina e Colômbia na região.
“América do Sul e regiões emergentes: O Brasil lidera o continente (56% das transferências), seguido pela Argentina e Colômbia. Na África, a Nigéria lidera em número. Insight: Essas regiões representam a próxima onda de crescimento, especialmente onde os sistemas de pagamento locais são insuficientes“, diz o estudo.
Assim as remessas do Brasil para os Estados Unidos e outros países da América Latina passaram a migrar rapidamente para redes onchain, reduzindo taxas médias de 6 a 9% para valores próximos de 0,5 a 3%.
O uso de USDC e USDT domina as formas de pagamento, com destaque para transferências B2B e gig economy (freelancers). Plataformas internacionais citadas no estudo já consideram o Brasil um dos principais polos de liquidação em stablecoins no Hemisfério Sul.
Ao finalizar o estudo, Jess Houlgrave a CEO da Reown diz que as criptomoedas como meio de pagamentos ainda possuem muitas barreiras e não são muitos que conseguem realizar tal tarefa.
De qualquer forma, ela sugere que a nova onda de adoção para criptomoedas virá dos meios de pagamentos, e não do trading.
“Os próximos 100 milhões de usuários de criptomoedas não chegarão por meio de negociações. Eles chegarão por meio de experiências de pagamento intuitivas, integradas e reais“, disse.
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