Brasileiro enviou Bitcoin para desconhecido e leva golpe

Bitcoin só é seu se você tiver a posse da chave privada das moedas, estude antes de investir!

Quando Satoshi Nakamoto criou o Bitcoin, foi imaginado uma moeda que funciona sem intermediários. Em um caso recente, um brasileiro enviou uma alta quantia em Bitcoin para um desconhecido, que supostamente seriam utilizados em operações de trade.

O Bitcoin de fato é uma moeda negociada em corretoras, com seu preço oscilando de acordo com a lei de procura e oferta. Nos últimos anos, a procura pela moeda foi intensa, fato que registrou uma enorme valorização neste ativo, acima de 8000% em alguns anos.

Algumas pessoas, entretanto, preferem realizar o trade com Bitcoin, na esperança de comprar a moeda na baixa e vender na alta de preços. Mesmo assim, nem todos tem o conhecimento para fazer essas operações sozinhos, buscando terceiros para que façam por eles.

Brasileiro enviou Bitcoin para desconhecido após contato pela internet

Nos últimos anos, quando pessoas conhecem o Bitcoin, acreditam que a moeda digital é uma fórmula mágica para ganhar dinheiro. Esse pensamento equivocado tem arrasado investidores de Bitcoin iniciantes que, ao invés de estudar a tecnologia, já querem partir para rendimentos garantidos.

Como é uma moeda que não tem um valor definido, é impossível prever que haverá rendimentos no futuro. Mesmo assim, alguns traders afirmam ser possível render o Bitcoin das pessoas e se oferecem pela internet para conduzir essa missão.

No interior de São Paulo, na cidade de São José do Rio Preto, que tem mais de 370 mil habitantes, um caso chamou atenção. Um investidor de Bitcoin conheceu pela internet um possível trader que faria mágicas com sua criptomoeda.

Ao conversar com o trader, o investidor foi convencido a trocar seu dinheiro por moeda digital. Dessa forma, o brasileiro enviou R$ 50 mil, em Bitcoin, para o trader que faria render esse dinheiro.

Em síntese, inicialmente tece considerações sob re investimento em criptoativos e argumenta que, após conhecer o requerido, este acabou convencendo o requerente a converter R$ 50.000,00 em BTC e transferir para um wallet (carteira virtual que guarnecem as criptomoedas) de sua propriedade. Todas a operação e negociação foram feitas por meio eletrônico, inexistindo contrato escrito.

Após enviar a vultuosa quantia, o homem passou a pedir relatórios de seu investimento. Certamente queria acompanhar o desempenho de seu suposto rendimento, mas passou a ser ignorado pelo trader, supostamente agindo de má-fé.

Investidor agora recorre na justiça para reaver seu aporte, poderia ser evitado?

O investidor ficou “amargurado” com o comportamento do trader que parou de responder seus pedidos de informação. Na justiça o investidor pediu com urgência que fossem bloqueados nas contas do suposto trader a quantia, pelo sistema BACENJUD.

Após investir seu dinheiro, começou a exercer seu direito de informações, o que não foi atendido pelo requerido, o que levou a desistir do negócio. Inicialmente a desistência não foi aceita e após algumas deliberações, o requerido aceitou devolver aquela importância o que não ocorreu até a presente data, deixando o requerente amargurado.

Na justiça, o juiz Paulo Marcos Vieira, que cuida do processo de número 1029394-58.2020.8.26.0576, indeferiu o pedido de urgência. Dessa forma, o trader que supostamente aplicou um golpe no brasileiro que o enviou Bitcoin terá 15 dias para apresentar sua defesa. O processo de danos morais teve atribuído valor de R$ 60 mil.

O caso certamente é mais um que chama atenção para um assunto sério: investimento sem estudo. Como o Bitcoin é uma moeda e tecnologia nova, muitas pessoas analisam seu comportamento de preço passado acreditando ser possível repetir esse desempenho no futuro.

Contudo, utilizado como meio de pagamentos pela internet, a moeda não promete lucros certos. Por fim, o caso é mais um que lembra os investidores iniciantes sobre um assunto sério: se não tem as chaves primárias, o Bitcoin não é seu (“not your keys, not your coins“). Com estudo prévio sobre Bitcoin, o golpe certamente teria sido evitado.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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