“Estamos comprometidos com o Brasil”, diz CEO da Bybit

CVM emitiu uma ordem de parada para corretora, mas apenas sobre produtos derivativos e não negociações no mercado à vista.

Nos últimos dias a Bybit foi pega de surpresa com um alerta emitido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Após o susto, a empresa agora se diz comprometida com o ecossistema brasileiro e disse que já conversa com os reguladores locais.

Há alguns anos, era impensável que uma corretora de criptomoedas participasse de algum debate regulatório, mas tudo mudou com o crescimento desse mercado e a oferta de novos produtos.

Alguns dos produtos acabam sendo de mercado de contratos futuros e derivativos, que para funcionarem no Brasil precisam de aprovação prévia da CVM, que fiscaliza essas ofertas de serviços.

Como a Bybit chegou há alguns meses no país e não tinha o registro, a autarquia emitiu um alerta. Essa prática já foi vista em outras corretoras, como a Binance, que se adequou as exigências do regulador nos últimos meses e já está isenta de qualquer problema.

CEO da Bybit se manifesta após alerta recebido no Brasil e diz que país é um dos mercados de interesse da corretora

Em volume de transações ao dia no mercado à vista (spot), a Bybit é a terceira maior corretora do mundo, segundo dados da própria empresa, compartilhados com o Livecoins.

A Bybit emitiu um comunicado público no Brasil, após o alerta da CVM deixar dúvidas sobre quais negociações estavam sendo proibidas.

Assim, a corretora informa “que continua a operar normalmente e a fornecer os principais produtos e serviços relacionados ao mercado de ativos digitais no Brasil, em conformidade com as devidas regulações locais“. Estes produtos ofertados agora são apenas no mercado spot, não mais de derivativos.

Os diálogos com a CVM já foram iniciados e a corretora se coloca a disposição das autoridades para diálogo.

Segundo o CEO e cofundador da Bybit, Ben Zhou, a empresa segue trabalhando para oferecer qualidade aos seus clientes.

“Continuamos trabalhando para oferecer o mais alto padrão de qualidade ao fornecer uma experiência segura e confiável para nossos usuários e carregamos o compromisso de ser uma parte integrante e responsável pelo ecossistema das criptomoedas, avançando nas adequações às normas e regulamentos.”

“Estamos comprometidos com o Brasil”

O Brasil hoje é um dos principais países do mercado de criptomoedas mundial, sendo o maior da América Latina. Ou seja, qualquer empresa do setor entende que se posicionar no país é interessante.

Dessa forma, Ben Zhou declarou que a Bybit segue comprometida com o Brasil, e tem interesse de longo prazo no país. Para que problemas não voltem a ocorrer, a empresa espera manter o diálogo frequente com reguladores.

“Estamos comprometidos com a construção dos nossos negócios no mercado brasileiro e pretendemos continuar no mercado no longo prazo, trabalhando em conjunto com os devidos órgãos reguladores.”

A suspensão dos serviços de derivativos da Bybit para brasileiros começa a valer a partir das 7 horas do dia 15 de setembro, segundo nota da corretora.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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