Casa da Moeda no Brasil caminha para falência em 2020

No ano do halving do Bitcoin, que cortará a emissão das moedas digitais pela metade, uma instituição está com problemas neste setor. Isso porque a Casa da Moeda, responsável pela impressão de Real (BRL) no Brasil, se encaminha para a falência, talvez até em 2020.

Para não falir, a deficitária instituição poderia ter que pedir socorro ao Tesouro Nacional. No ritmo atual, a Casa da Moeda entrará em “estado pré falimentar” em outubro ou novembro de 2020.

A expectativa foi compartilhada por Eduardo Sampaio em entrevista ao Valor Investe. O administrador, de 39 anos, responde pela Presidência da Casa da Moeda há seis meses.

Casa da Moeda poderia entrar em estado de falência no fim de 2020

Certamente a Casa da Moeda é uma instituição tradicional dentre as principais do Governo Brasileiro. Com mais de 300 anos desde sua fundação, é responsável pela emissão de moeda e papel-moeda, selos, passaportes, entre outros.

Os problemas da Casa da Moeda começaram ainda em 2015. Isso porque a Polícia Federal executou a operação Vícios, que apurou a irregularidade de selos emitidos para a indústria de bebidas. Com a operação, os selos deixaram de ser produzidos, o que escancarou o fato que a Casa da Moeda não obtinha lucros das outras emissões realizadas pela estatal.

De lá para cá, a Casa da Moeda já fechou por três anos seguidos no vermelho, inclusive em 2019. Isso tem colocado o governo para pensar, já sendo cogitado a privatização pelo Ministro Paulo Guedes ao Presidente Jair Bolsonaro.

Um dos maiores problemas da estatal, segundo o presidente Eduardo Sampaio, seria mexer na folha de pagamentos. Os salários dos servidores respondem por 46% dos ganhos da Casa da Moeda. Segundo apurou o Valor Investe, de acordo com o IBGE, na média da indústria apenas 14% da receita seria de folha de pagamentos. Ou seja, a Casa da Moeda paga 32% a mais que a média para seus 2 mil servidores.

Reestruturação já abre caminho para tornar estatal atraente para compra

A reestruturação que ocorre na folha de pagamentos da Casa da Moeda, com até a possível diminuição de benefícios, abre caminho para sua venda. A empresa é obrigada a se tornar mais atraente para privatização, após ser incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND).

No ano de 2019, chamou o analista em Bitcoin Fernando Ulrich para compor os quadros da instituição. Ulrich é um defensor público do Bitcoin no Brasil, atualmente compondo os quadros do Conselho de Administração da estatal. Isso pode demonstrar que há interesse em mostrar uma abertura a novas ideias de moedas pelo governo.

Emissão de Bitcoin é feita de forma descentralizada e privada

Ao passo que a Casa da Moeda no Brasil caminha para a falência, ao trabalhar com a emissão de moedas, instituições inovadores surgem como concorrentes. Certamente o Bitcoin, maior moeda digital do mundo, é uma das principais neste sentido.

A emissão de novas moedas na rede são feitas de acordo com o protocolo criado por Satoshi Nakamoto. Além disso, participam dessa emissão apenas pessoas e empresas privadas, que possuem interesse na manutenção desta rede.

A mineração de Bitcoin, que é o nome pelo qual se chama a criação de moedas, é mais complicada de gerar processos de falência. Uma vez que qualquer pessoa pode criar moedas dentro de sua casa, a rede Bitcoin sempre está segura e funcionando.

Quando um minerador encontra dificuldades, apenas desliga sua máquina, porém, outros atores continuarão suas atividades, que é realizada em vários países. Não há impacto significativo quando um minerador passa por problemas financeiros.

Ou seja, o que a Casa da Moeda pensa em 2020 para resolver seus problemas, foi criado em 2009. O Bitcoin é uma moeda digital que já é aceita em muitos países. Em resumo, a emissão de moeda fiduciária é complexa, cara e improdutiva, uma vez que a tecnologia já superou essa.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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