Participando de uma conversa no Twitter Spaces nesta terça-feira (24), Changpeng Zhao (CZ) mostrou-se incomodado com a decisão dos reguladores americanos sobre a Binance USD (BUSD). No entanto, notou que a BUSD “nunca foi um bom negócio” para a Binance.
Em outro comentário, o CEO da Binance afirmou que o setor deve buscar alternativas. Como exemplo, citou que stablecoins lastreadas em moedas de outros países devem ganhar espaço devido aos acontecidos.
Na sequência, Zhao também recomendou que projetos sérios saiam dos EUA. O motivo, obviamente, seria a inimizade dos reguladores americanos, que parecem estar tentando ruir a indústria de criptomoedas pelas beiradas.
CEO da Binance acredita em stablecoins lastreadas em outras moedas além do dólar
Hoje, três das sete maiores criptomoedas do mercado são stablecoins, todas elas pareadas ao dólar. No entanto, com a marretada recebida pela Paxos, emissora da BUSD, a história pode mudar.
Segundo CZ, CEO da Binance, este é o momento para stablecoins lastreadas em outras moedas crescerem.
“Isso vai encolher o mercado de stablecoin em USD, então a indústria está explorando suas opções”, declarou o diretor da Binance nesta terça-feira (24).
“Acho que veremos mais stablecoins baseadas em euro ou outras [moedas], iene japones e dólar de Singapura.”
No entanto, a situação é complicada. Afinal, a maior stablecoin lastreada em euro é a Stasis Euro (EURS), com um valor de mercado de US$ 133 milhões, seguida pela Euro Coin (EUROC) da Circle, com US$ 33,7 milhões. Cifras bem distantes da Tether, hoje com US$ 69,2 bilhões em tokens.
Em outras palavras, há um grande espaço para ser preenchido, o que significa oportunidade de negócio, mas também grandes desafios.
Por fim, Zhao também afirmou que a “BUSD nunca foi um bom negócio” para a Binance, notando que a ideia e emissão da mesma era responsabilidade da Paxos.
Changpeng Zhao recomenda que projetos sérios saiam dos EUA
Com os EUA atacando as criptomoedas por todos os lados, o CEO da Binance acredita que este não é o local certo para projetos sérios florescerem. Recomendando locais como Dubai, Bahrein e França, Zhao mostrou estar seriamente chateado com os reguladores americanos.
“Se você leva seu projeto a sério, mudar para um novo país pode não ser uma coisa ruim”, declarou CZ da Binance. “A maioria dos reguladores afirma receber as pessoas para conversar, mas não tenho certeza de quanto acesso eles realmente dão às pessoas, especialmente novos projetos sem reputação.”
Por fim, a própria Binance atua dentro e fora dos EUA. Através da Binance US, a corretora atende a clientes americanos, oferecendo menos criptomoedas devido a questões regulatórias. Já a Binance internacional, consegue ter mais liberdade para trabalhar no mercado.