Uma cidade da Argentina anunciou que começará a minerar criptomoedas para enfrentar as dificuldades financeiras locais, após uma crise sanitária nos últimos dois anos.
Na Argentina o tema das criptomoedas tem ganho muita tração após anos de descontrole na inflação da moeda nacional, o Peso. Valendo menos a cada ano que passa, se tornou comum para a população local buscar refúgio no câmbio, sendo o Dólar a principal opção até então.
Com a fama das criptomoedas como uma solução para o problema, essas acabaram rapidamente ganhando terreno no país. A criptomoeda Tether, por exemplo, supostamente lastreada em Dólar, planeja inclusive expandir suas soluções para o país, com ajuda da Strike, empresa de Jack Mallers.
Cidade de Serodino na Argentina vai minerar criptomoedas
De acordo com informações do portal argentino Rosário3, a primeira comuna do país a minerar criptomoedas pode ser revelada em breve para o mundo.
Isso porque, Juan Pio Drovetta, o presidente da comuna de Serodino, cidade com 6 mil habitantes quer apostar em um projeto de criptomoedas. E o que motiva a ação é a crise provocada pela pandemia da COVID-19.
De acordo com Drovetta, foi feito muitas análises de como conseguir dinheiro para driblar as dificuldades financeiras locais. Com estudo, a informação sobre criptomoedas chegou até o conhecimento deles e logo foi considerada a opção mais viável.
Ao saber o que o presidente da comuna estava planejando, a população local apoiou a iniciativa, o que deu mais força para que Drovetta conduzisse o projeto. Segundo ele, servidores públicos municipais se mostraram dispostos a trabalhar para ajudar, assim como o setor privado.
Além disso, o prefeito local indicou que trabalha para gerar criptomoedas e que esse processo não é ilegal, visto que é um processo novo e não há legislação sobre o tema na Argentina. Dessa forma, ele pretende ajudar a minerar criptomoedas e todas as recompensas serão imediatamente vendidas para o Peso para financiar melhorias na cidade.
Início modesto para um futuro promissor
Apesar de buscar na inovação um campo de novas rendas para a pequena cidade argentina, o início do projeto promissor é modesto.
Isso porque, ele começará na atividade com apenas seis placas de vídeo que serão a fase inicial da mineração de criptomoedas. Atualmente, essas placas conseguem minerar criptomoedas como Ethereum, mas não Bitcoin, esta última que precisa de equipamentos mais específicos.
De qualquer forma o caso mostra que as criptomoedas já são vistas por políticos como forma de financiar atividades e melhorias. Na América Latina o tema de mineração chama muita atenção, ainda que o custo dos equipamentos e da energia em algumas regiões seja uma barreira para muitas pessoas interessadas no setor.