Clientes de pirâmide financeira com Bitcoin querem restituição dada pelo governo

É isso mesmo que você leu!

Os clientes de uma pirâmide financeira envolvendo Bitcoin tiveram enormes prejuízos, querendo uma restituição por parte do governo sobre estes. Os rendimentos prometidos eram de até 30% em 21 dias, ou seja, ganhos superiores a três anos de poupança no Brasil.

Esses ganhos elevados, contudo, não costumam durar muito tempo na praça, uma vez que obter rendimentos garantidos não é possível. No caso da Dunamiscoin, que atuou em Uganda na África, mais que 5 mil pessoas foram afetadas pelo golpe.

Essa população, ao verificar que o dinheiro foi perdido, recorreu às autoridades. Dois dos três diretores dessa pirâmide financeira foram presos até aqui, com um ainda em liberdade.

O Bitcoin é uma moeda digital, extremamente volátil, que não há como se prever seu valor de mercado. Ao ter uma enorme valorização nos últimos anos, a moeda certamente passou a ser associada a golpes pelo mundo.

Pirâmide Financeira prometia rendimentos altos sobre o Bitcoin, afetados querem restituição pelo governo

A Dunamiscoins ousou em uma proposta de investimento milionária para a população de Uganda. A empresa oferecia altos rendimentos atrelados ao mercado de criptomoedas, informando que as pessoas deviam aproveitar do “boom“.

Propaganda de pirâmide financeira com Bitcoin encerrada em Uganda
Propaganda de pirâmide financeira com Bitcoin encerrada em Uganda – Reprodução/Website do Esquema investigado

Dessa forma, eram prometidos rendimentos de 30% em apenas 21 dias com a empresa. Além disso, os ganhos poderiam ser maximizados em 2 meses, quando eram oferecidos 40% e mais. A empresa utilizava o sistema de marketing multinível no negócio, que envolve o recrutamento de novas pessoas para o negócio.

Após fazer promessas exageradas, como emancipar a população de Uganda da pobreza, a Dunamiscoins fechou suas portas. O golpe, que está sendo investigado pelo governo local, levou cerca de 10 bilhões de xelim ugândes (R$ 11 milhões).

De acordo com o Uganda Radio Network, mais que mil clientes depositaram entre 1 e 800 milhões de xelim (R$ 1 mil e R$ 900 mil). O total de clientes afetados seria de mais de 5 mil pessoas.

Clientes buscam restituição via parlamento

O que mais chama atenção quanto ao caso é que as vítimas não se contentaram com o golpe em que elas mesmo caíram. Isso porque enviaram ao Parlamento de Uganda um pedido de restituição, que segue sendo apreciado pelo governo.

A explicação da petição enviada ao parlamento seriam duas: primeiramente, a empresa não possuía um registro correto junto ao governo. Além disso, a polícia tem falhado em prender os principais líderes do esquema.

Para solicita a restituição, os clientes dessa pirâmide financeira com Bitcoin afirmaram que o governo legalizou a empresa. A mesma afirmava que não aceitaria depósitos, segundo o líder da petição Arthur Asiimwe.

O governo licenciou essa empresa e deu-lhe uma autorização para trabalhar como uma instituição financeira que não recebe depósitos; desempenhou suas funções como empresa de micro-finanças. Eles deram bônus irreais!

Em outro ponto, Arthur, segundo informações do próprio parlamento, afirmou que a polícia não tem feito o trabalho de acordo. De três diretores da empresa, apenas dois estariam atrás das grades até o momento. De acordo com o Uganda Radio Network, há pessoas da Nigéria e Gana envolvidas com o golpe, que ainda não teriam sido presas.

É complicado cobrar do governo por investimentos realizados em empresas fraudulentas, mas isso não impediu que os clientes da Dunamiscoins fossem atrás desta causa. As contas da empresa já estão congeladas desde 2019.

No Brasil, inúmeros golpes como esse assolaram muitas pessoas nos últimos anos, que acreditaram em “rendimento garantido com Bitcoin“. Entretanto, isso não existe, sendo apenas uma forma golpista de captar dinheiro.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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