Com medo da crise argentinos estão comprando Bitcoin em nível recorde

A procura pela moeda digital cresceu em mais de 1.000% desde o começo da crise financeira no país.

Com a atual crise financeira muitos países vêm sofrendo com a possibilidade de uma recessão ainda maior. Esse é o caso da Argentina, um dos países mais afetados pela recessão financeira na América do Sul e que está para passar pela sua pior crise histórica.

Com esse cenário nada favorável, não precisa muito para entender o porque de as transações de Bitcoin estarem batendo recordes consecutivos no país. De acordo com o site Decrypt, dados da Local Bitcoins mostram que, mais uma vez, a Argentina está correndo para o Bitcoin como alternativa contra a crise.

O Ministro da Economia da Argentina sugeriu recentemente que o governo não iria ser capaz de pagar a sua dívida nacional. Essa é a nona vez que a dívida não é paga, aumentando ainda mais os juros dessa dívida e colocando o país em um risco ainda maior de uma crise generalizada.

A situação também é agravada pelo Produto Interno Bruto (PIB) que vem decaindo, aumento no desemprego, hiperinflação e, é claro, o problema geral com o coronavírus. Isso faz com que analistas acreditem que essa será a pior crise na história do país sul-americano.

E isso não é uma novidade para os argentinos. Essa crise vem acontecendo desde o último governo do país, tudo acabou piorando com a pandemia da Covid-19 e as implicações que ela trouxe para os muitos setores de produção.

Bitcoin continua sendo um ativo de reserva na Argentina

Peso argentino é mais volátil do que Bitcoin
O Bitcoin continua surgindo como uma fonte de liberdade financeira.

O Decrypt apontou para os dados da LocalBitcoins, uma das mais populares corretoras em todo o mundo, principalmente nos países emergentes. De acordo com os números da corretora, o número de transações de Bitcoin na argentina alcançou um novo recorde.

Além disso, como mostrado aqui no Livecoins, a adoção do Bitcoin cresceu em mais de 1.000% desde o começo da crise financeira na Argentina.

Aos poucos o país vem adotando a criptomoeda como uma forma de escapar do futuro nada positivo que está sendo previsto.

Um famoso economista argentino chegou a divulgar um trecho de uma palestra de Andreas Antonopoulos, onde o defensor do Bitcoin afirma que “Em qualquer país com 45% de inflação, o Bitcoin é um investimento sólido.”, além de afirmar que mesmo nos piores anos, o Bitcoin sempre superou o Peso.

Medo das ações do governo também leva os argentinos ao Bitcoin

Como uma dívida nacional crescente e que oferece muitos riscos, os argentinos se preocupam com como o governo vai lidar com essa crise no futuro.

Em 2001 um evento chamado “Corralito” foi realizado pelo governo do país para lidar com uma crise na época.

Durante o Corralito, o governo congelou as contas com dólares que as pessoas tinham em bancos, trocou o peso pelo dólar em taxa cambial da época e então trocou os dólares nas contas por pesos na mesma taxa. Com isso, os depósitos perderam 75% da noite para o dia.

Os argentinos têm medo de um novo Corralito. Mas com seus investimentos em Bitcoin, o público está a salvo de qualquer operação autoritária e desastrosa do governo.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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