Corretora usa taxas pagas por russos e dá para Ucrânia

Alguns não gostaram tanto da ideia, com alguns acreditando que ao atrelar a campanha a quanto os russos pagarão de taxas na corretora pode haver um atraso na distribuição desse dinheiro e pode afetar o programa de assistência.

Jesse Powell, CEO da Kraken, uma das maiores corretoras de criptomoedas, anunciou que não vai bloquear usuários russos de usarem os serviços da corretora, no entanto, a taxa que eles pagam, até US$ 10 milhões, serão usadas para doações para os clientes da Ucrânia.

Em uma onda de apoio a Ucrânia, diferentes companhias e empresas estão deixando de oferecer serviços na Rússia. Corretoras de criptomoedas estão sendo cobradas para fazerem o mesmo e bloquearem usuários russos de fazerem transações.

No entanto, as exchanges parecem não estar interessadas nessa opção, com a Binance e Coinbase ainda atuando no país.

Essas corretoras, assim como a exchange de Powell, ainda estão atuando no país enquanto empresas como Apple, Visa, Mastercard, PayPal, McDonald’s e muitas outras estão cessando suas atividades na Rússia.

Ao invés disso, a Kraken quer doar US$ 10 milhões para clientes da Ucrânia através de um novo plano. Essa é a primeira vez que a corretora realiza uma campanha de apoio tão grande assim.

O programa de assistência providenciará US$ 1 mil em Bitcoin a partir do dia 10 de março para todos os clientes da Ucrânia que criarem uma conta antes do dia 9 de março e possuem uma conta intermediaria ou profissional.

O Bitcoin será livre para saque ou conversão para outro ativo e a corretora subsidiará qualquer custo associado as transações. O resto do dinheiro, que vai até US$ 10 milhões em doações totais, será distribuído durante os próximos anos em outras distribuições ainda não anunciadas.

Doações serão financiadas em parte pelas taxas do usuários russos

A Kraken possui fundos necessários para pagar por essa ajuda aos ucranianos, considerando que ela foi recentemente avaliada em US$ 20 bilhões e há rumores de que haverá uma IPO em breve nesse ano.

No entanto, pelo menos parte dessa campanha será financiada pelo volume de negociações dos clientes da Kraken na Rússia.

“Como parte da campanha, a Kraken também vai doar um montante equivalente ao total de taxas pagas por clientes da Rússia na primeira metade de 2022 para ajudar ao pacote de assistência.” , disse a corretora.

Alguns não gostaram tanto da ideia, com alguns acreditando que ao atrelar a campanha a quanto os russos pagarão de taxas na corretora pode haver um atraso na distribuição desse dinheiro e pode afetar o programa de assistência.

Powell também se mostrou contra congelar contas de moradores de países que estão em conflitos lembrando que, se eles fossem fazer isso, os Estados Unidos seriam um dos primeiros a terem suas contas congeladas.

“Se fossemos congelar voluntariamente contas financeiras de moradores de países que estão atacando outros injustamente ou provocando violência ao redor do mundo, nosso primeiro passo seria congelar a conta de todos os moradores dos EUA. De maneira prática, isso não é algo viável.” disse Powell.

A decisão de Powell é interessante e abandona uma característica que muitos apontam como hipócrita entre as empresas bloqueando russos de suas plataformas, mas não bloqueando moradores de Israel ou, como Powell disse, dos Estados Unidos.

Ela também ajuda a permitir que moradores da Rússia, principalmente os que não apoiam Putin, a poderem continuar negociando e até mesmo protegendo o seu dinheiro da iminente inflação galopante que vai afetar a economia do país.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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