Corretoras estão fazendo reserva fracionária de Bitcoin, alerta famoso analista

Woo aponta que hoje investidores podem se expôr ao Bitcoin por meio de ETFs de futuros. No entanto, nota que “um fundo de hedge pode ficar do outro lado da aposta”.

Willy Woo, famoso analista de mercado, acredita que comprar Bitcoin em corretoras não fará com que o preço da criptomoeda suba. Seu pensamento foi explicado em suas redes sociais neste domingo (24), onde Woo reconheceu estar errado no passado.

Segundo o analista, o problema é o mercado de futuros, já que enquanto um trader abre uma posição de compra de um lado, outro trader pode abrir uma posição contrária. Em outras palavras, não há um choque de oferta.

“A compra do estoque de BTC nas corretoras fará o preço ir para a lua? NÃO! Isto é uma falácia. Isso aconteceu durante todo o mercado de baixa de 2022.”

“Não há choque de oferta porque o BTC sintético através dos mercados futuros foi adicionado ao estoque”, continuou o analista. “O mercado atingiu o fundo do poço quando os mercados futuros cederam.”

Análise de Willy Woo sobre o preço do Bitcoin e mercados à vista e futuros. Fonte: X/Reprodução.
Análise de Willy Woo sobre o preço do Bitcoin e mercados à vista e futuros. Fonte: X/Reprodução.

Continuando sua explicação, Woo aponta que hoje investidores podem se expôr ao Bitcoin por meio de ETFs de futuros. No entanto, nota que “um fundo de hedge pode ficar do outro lado da aposta”.

“Você cunhou um novo BTC sintético. E o limite para isso é infinito.”

Notando que a SEC reprovou diversos ETFs à vista de Bitcoin nos últimos 7 anos, o analista também afirma que “a agenda da SEC tem sido muito clara” e que tais ETFs nos EUA ajudarão a corrigir esse problema do mercado caso aprovados.

Finalizando, Woo reconhece que esteve errado em suas análises passadas, justamente por ignorar o impacto do mercado de futuros.

“Negligenciar o impacto macro do BTC em papel [futuros] foi um grande fracasso meu”, concluiu o analista. “Vi um mercado de alta no início de 2022 ao interpretar os fluxos on-chain (spot) como altista, enquanto o leviatã do impacto dos futuros dizia o contrário.”

MicroStrategy compra mais R$ 709 milhões em Bitcoin

Enquanto isso, a MicroStrategy anunciou uma nova compra de bitcoins. Em tuíte publicado nesta segunda-feira (25), Michael Saylor, fundador da empresa, anunciou que o novo aporte ficou na faixa de R$ 709 milhões.

Sendo assim, a MicroStrategy agora detém um total de R$ 20,6 bilhões em Bitcoin em seu caixa, sendo a maior posição em BTC do mundo.

“A MicroStrategy adquiriu 5.445 BTC adicionais por aproximadamente US$ 147,3 milhões a um preço médio de US$ 27.053 por bitcoin. Em 24/09/23, a MicroStrategy possui 158.245 BTC adquiridos por US$ 4,68 bilhões a um preço médio de US$ 29.582 por bitcoin.”

De qualquer forma, seguindo o pensamento do analista Willy Woo, as compras massivas da MicroStrategy têm pouco impacto no preço. Afinal, as maiores brigas estão nos mercados futuros, onde os ursos podem mitigar essa pressão de compra.

Reserva fracionária de Bitcoin: Especialista brasileiro está preocupado com mercados

Por fim, o brasileiro Edilson Osório Jr. é mais um nome de peso preocupado com a situação do mercado. Comparando corretoras com cassinos, o cientista da computação explica como é possível que o Bitcoin possua mais de 21 milhões de unidades.

“A galera do ‘cassinão’ resolveu começar a alavancar o bitcoin, a criar bitcoins de mentirinha, reservas fracionárias de bitcoin”, disse Osório Jr. “As exchanges centralizadas tem a capacidade, e elas fazem, a criação de bitcoins de número de banco de dados, bitcoins de mentirinha, para os usuários ficarem se alavancando.”

Citando a FTX como exemplo, Osório Jr. lembra que a corretora de Sam Bankman-Fried estava com um rombo de mais de 13 bilhões. Ou seja, os clientes da FTX estavam comprando “bitcoins de mentirinha”.

“[Isso] é criar número de banco de dados, dizer que o cara tem esse número, liberar esse número pro cara ficar apostando no cassinão. Reserva fracionária. As exchanges, em geral, muitas delas, obviamente não todas, mas muitas delas praticam reserva fracionária.”

Finalizando, Osório Jr. afirma que essa prática também é realizada por bancos há muito tempo e que corretoras estão copiando o modelo. “E aí existem mais de 21 milhões de bitcoins no mercado”, finalizou o especialista, que diariamente fala sobre Bitcoin e criptomoedas em seu canal na Twitch.

Por fim, as denúncias de grandes nomes como Willy Woo e Edilson Osório Jr. sugerem que o Bitcoin poderia estar valendo mais que US$ 26.000 caso o mercado à vista tivesse mais peso que o de futuros e fosse mais honesto.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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