CPI quer que Santos revele contratos com a Binance e Mercado Bitcoin

Santos Futebol Clube deverá entregar para CPI, sob sigilo, contratos com Blaze, Mercado Bitcoin e Binance.

A CPI das Pirâmides Financeiras espera que o presidente do Santos, Andrés Rueda, entregue os contratos celebrados entre o clube de futebol e as empresas Binance e Mercado Bitcoin.

Além disso, o contrato do Santos Futebol Clube com a Blaze, intermediado pela empresa do Neymar Pai também deverá ser entregue para a comissão. Os deputados querem saber se o clube paulista de futebol tem celebrado contratos que coloquem investidores do Brasil em risco.

No caso da relação do Santos com as corretoras de criptomoedas, houve a criação de tokens para estreitar a relação do clube com torcedores. Junto a Binance, o Santos Fan Token (SANTOS) foi uma criação que ganhou notoriedade mundial, visto que o criptoativo chegou a ser listado até na corretora PancakeSwap.

Já junto ao Mercado Bitcoin, o Santos emitiu o Token Meninos da Vila (MBSANTOS01), que envolve os mecanismos de solidariedade da FIFA. Com a recente venda de Neymar para o futebol da Arábia Saudita, por exemplo, os investidores do token receberão parte dos lucros.

Deputados questionam o Santos sobre relação com Binance e Mercado Bitcoin

Em depoimento na última terça-feira (22), o presidente do Santos reconhece que tem celebrado contratos com várias empresas para o clube de futebol. No entanto, ele deixou claro que todos os contratos passam pela equipe de compliance do clube.

“Existe uma preocupação total. O Santos hoje mantém uma área de compliance, e qualquer contrato que o clube assine, ele tem uma preocupação sobre a empresa com quem a gente está falando, qual o seu comportamento a nível de imagem e tal antes de ser assinado, ou seja, nada é assinado se não tiver o ok da nossa área de marketing, da nossa área de compliance, do nosso jurídico.”

Questionado pelo Deputado Aureo Ribeiro (SD-RJ) sobre como o clube conheceu algumas empresas, Rueda declarou que tudo ocorre via agência de marketing. Ou seja, o Santos conheceu a Blaze, Binance, Metabase Technology, a Block4 Participações, Fluster Desenvolvimento de Jogos e Mercado Bitcoin via agências.

Todos os contratos deverão agora ser entregues para análise da CPI, que quer entender o funcionamento dos mercados.

Presidente do Santos disse estar atento a escândalos de empresas

Questionado se acompanha escândalos das empresas, principalmente da Binance com recentes acusações em outros países, Andrés Rueda declarou que sim. De acordo com ele, situações que possam atrapalhar a imagem do Santos podem acabar em recisão de contrato.

“É óbvio que a gente fica atento a algum caso que possa manchar a imagem do clube. Agora, o nosso balizador de patrocínio, como eu comentei anteriormente, é sempre este: que eles mantenham os pagamentos rigorosamente em dia. Não ocorrendo isso, é um contrato de publicidade, quer dizer, o órgão que dispõe a marca deles, no caso o Santos, tendo algum problema de não pagamento, automaticamente, ele pode tirar do ar.”

O presidente do Santos ainda destacou que todos os tokens do clube não pertencem a eles. Ou seja, tanto o SANTOS quanto o Token Meninos da Vila são tokens com contratos de licenciamento de imagem, dos quais o Santos recebe um percentual dos valores, mas não realiza sua administração direta.

Com isso, o Santos não tem acesso ao código dos NFTs, nem tokens criados com sua imagem.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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