Criptomoeda criada pelo fundador da WeWork parece golpe, diz site

Adam Neumann, cofundador do WeWork, está “de volta”, dessa vez prometendo uma solução para o criptomercado e paras as dificuldades do setor em relação ao meio ambiente. No entanto, para alguns a proposta não passa de “um golpe dentro de outro golpe.”

De acordo com informações do site Vox, Neumann quer consertar o problema do aquecimento global usando criptomoedas, mais especificamente, ele quer colocar os créditos de carbono na blockchain, integrando esse novo tipo de certificado com uma indústria que é criticada por muitos justamente por causar danos ao meio ambiente.

Segundo o site a nova companhia de Neumann é chamada de Flowcarbon, que recebeu apoio de US$ 70 milhões da empresa de capital de risco a16z.

A companhia afirma que o atual sistema de compra e venda de créditos da carbono é construído em uma infraestrutura “opaca e fraturada”, e que isso dificulta a aceitação desse sistema, já que isso torna os créditos de carbono algo com “pouca liquidez, acessibilidade e transparência de preço.”

A solução então, como é de se imaginar, seria usar o criptomercado, para tornar esses títulos mais transparentes e, principalmente, mais fáceis de serem negociadas entre as pessoas.

A ideia da Flowcarbon é trabalhar na criação de uma nova criptomoeda chamada Goddess Nature Token (GNT). Esses tokens vão representar créditos de carbono e os usuários da Flowcarbon poderão negociar esses créditos através dessas criptomoedas.

Enquanto a ideia parece ter sentido economicamente, não parece ser algo que vá ajudar realmente o meio ambiente de qualquer forma.

De acordo com o professor Robert Mendelsohn, que leciona políticas e economias ambientais em Yale, a Flowcarbon está tentando corrigir um problema que não existe.

“Eu acho que eles estão tentando solucionar algo que não é um problema. Essas coisas que as blockchains são boas em fazer, que é garantir que nada seja perdido, não é um problema no atual mercado (de créditos de carbono). Não é nisso que os créditos têm defeito. O problema mesmo é que elas podem não estar reduzindo a emissão de carbono.”, disse Mendelsohn.

Um mercado inflado junto de uma ideia que engatinha

O sinal vermelho principal está justamente no fato de que a Flowcarbon parece apenas estar juntando dois assuntos “em hype” para alavancar uma ideia que eles pretendem vender (e já conseguiram US$ 70 milhões com isso).

Essa é uma tendência bem forte desde 2018, com a proposta de simplesmente colocar criptomoedas em qualquer tipo de solução para atrair investidores.

No entanto, se a união do setor com essa ideia que por si só ainda é nova e tem muitos problemas, não vai resolver esses problemas, seria um bom investimento? Seria então apenas um golpe, seja de publicidade ou literal?

No entanto, o criptomercado pode sim ser usado para tentar melhorar os créditos de carbono, como a Madhavapeddy está tentando fazer. Ao contrário da Flowcarbon, ela não está interessada em construir um mercado para esses créditos.

Em vez disso, a empresa está focada em verificar se esses créditos são reais usando imagens de satélite e tecnologia de sensoriamento remoto para monitorar projetos de compensação de carbono em todo o mundo e registrar os resultados no blockchain.

Madhavapeddy espera que a tecnologia facilite a obtenção de mais créditos de carbono no mercado mais rapidamente e, principalmente, saber se elas estão fazendo alguma diferença no meio ambiente ou se é apenas um título que não tem muito significado.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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