Criptomoeda despenca 96% após fundadores serem presos

Mesmo sem o apoio de grandes corretoras e com diversas bandeiras vermelhas, os desenvolvedores da STA conseguiram enganar cerca de 200.000 pessoas, a maioria delas da Índia.

Uma criptomoeda desconhecida perdeu 96% de seu valor nos últimos cinco meses. A queda se acentuou na semana passada com a prisão de seus fundadores, acusados de liderar um esquema de pirâmide de quase R$ 600 milhões.

Segundo o Indian Express, o golpe lesou mais de 200.000 pessoas em diversas regiões da Índia, país mais populoso do mundo ao lado da China.

Apesar da prisão dos maiores nomes do esquema, as redes sociais de tal criptomoeda continuam ativas, prometendo lucros aos investidores de forma descarada.

Criptomoeda não era negociada em nenhuma grande corretora

Segundo dados do CoinMarketCap, a criptomoeda STA (STA) só era negociada na PancakeSwap, uma corretora descentralizada, e na Latoken, também irrelevante.

De qualquer forma, o projeto foi auditado pela Certik, que classificou o projeto como “CCC”, destacando problemas com a criptomoeda.

“Grande problema de centralização deixado sem solução.”

Nota da Certik sobre a criptomoeda STA (STA). Fonte: Reprodução.
Nota da Certik sobre a criptomoeda STA (STA). Fonte: Reprodução.

Mesmo sem o apoio de grandes corretoras e com diversas bandeiras vermelhas, os desenvolvedores da STA conseguiram enganar cerca de 200.000 pessoas, a maioria delas da Índia.

Em seu site, além do abuso de palavras-chave como blockchain, energia solar e inteligência artificial, seus fundadores prometiam oportunidades aos investidores pela compra de sua criptomoeda.

“Bem-vindo ao mundo Solar Techno do mercado descentralizado, a STA oferece mais opções, independência e oportunidades. Estamos aqui para ajudá-lo em sua jornada de milhões de sonhos.”

No entanto, os sonhos viraram pesadelo. Segundo as autoridades da Índia, dois líderes da STA, Gurtej Singh Sidhu e Nirod Das, foram presos sobre acusações de liderarem um golpe de pirâmide de 10 bilhões de rúpias, equivalente à cerca de R$ 600 milhões, o maior do país.

Outra estratégia usada pelos golpistas para atrair novas vítimas era a promoção de sua criptomoeda em eventos de luxo organizados em hotéis, que também contavam com a presença de famosos da região.

“A STA executa um enorme esquema Ponzi de marketing multinível sob a forma de uma criptomoeda”, comentou o oficial Jai Narayan Pankaj. “A STA usa termos socialmente populares como energia verde e tecnologia solar para mascarar seu golpe Cripto-Ponzi.”

A criptomoeda, que já estava em forte queda, acentuou suas perdas após a prisão dos dois líderes do esquema. Como pode ser observado no gráfico abaixo, as perdas chegam a 96%.

Criptomoeda ligada a grande pirâmide financeira na Índia. Fonte: Dextools.
Criptomoeda ligada a grande pirâmide financeira na Índia. Fonte: Dextools.

Redes sociais do esquema continuam ativas

Apesar da polícia ter prendido dois dos principais nomes por trás do esquema, as redes sociais da criptomoeda criada por eles continua em pleno funcionamento. Uma hipótese é que outras pessoas estão controlando tais contas, outra é que as postagens foram pré-programadas.

“Quer ganhar uma boa renda nesta vida rápida? Então invista na Sta Blockchain hoje”, mostra um tuíte publicado nesta quarta-feira (9), contendo a palavra “oportunidade” e um emoji ligado a dinheiro.

Por fim, o esquema também parecia estar expandindo. Além da criptomoeda, os golpistas também haviam criado uma corretora de criptomoedas homônima, algo já visto em outros esquemas como da famosa Bitconnect.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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