Desde que o Bitcoin e as criptomoedas começaram a cair no final de 2021, muitos têm aguardado o “fundo”, o momento em que a pressão de venda cessa e as moedas atingem seu valor mais baixo antes de voltarem a se recuperar. Após longos meses de perda e com algumas semanas de alta, o JPMorgan Chase, um dos maiores bancos do mundo, acredita que já chegamos no fundo.
De acordo com um relatório do banco, divulgado pela Business Insider, o analista Kenneth Worthington acredita que o criptomercado alcançou o seu valor mais baixo e a partir de agora teremos uma reversão de tendência.
Para o analista, essa reversão é resultado do setor começando a se animar com a atualização Merge do Ethereum, um passo importante para o Ethereum 2.0, que tornará a blockchain Proof-of-Stake e tirar a necessidade de mineração.
O Ethereum tem sido um dos principais ganhadores das últimas semanas, ultrapassando até o Bitcoin em porcentagem de ganhos. Para muitos, incluindo o JPMorgan, o interesse no futuro do Ethereum com as suas grandes mudanças é o catalisador desse momento.
Além disso, parte da recuperação geral do criptomercado vem do final do período em que os efeitos da LUNA ainda têm impacto. Com o mercado voltando para a casa de US$ 1 trilhão em sua capitalização, o analista especula que a queda da Luna e o colapso da UST não são fatores que aumentam a pressão de venda tão intensamente.
“Parece que os mercados de criptomoedas encontraram um fundo, apesar dos volumes de negociação ainda estarem um pouco enfraquecidos <…> O que ajudou na alta, acreditamos, foi um ‘contágio’ mais limitado do colapso da Terra/Luna.”, disse o analista.
Bitcoin?
O banco reforça que o principal motivador desses ganhos recentes no criptomercado não é o Bitcoin, mas sim a positividade em relação ao Etheruem.
“Nós acreditamos que o verdadeiro catalisador tem sido a atualização do Ethereum e os dados positivos seguindo o lançamento da testnet Sapolia no começo de Julho e a testnet Ropsten em junho, indicando que o Merge será viável em 2022.”, acrescentou.
O banco também observou que a capacidade do Bitcoin e do Ethereum de ganhar 36% e 102%, respectivamente, desde as baixas de junho é outro indicador de que o mercado atingiu um fundo.
No geral, o Bitcoin caiu mais de 60% desde sua alta histórica de quase US$ 70.000 em novembro de 2021, mas, como sempre, a criptomoeda ainda está acima de muitos outros valores em períodos passados, quem comprou durante o recorde de 2017, ainda não está no prejuízo mesmo com quase 10 meses de quedas.