Presidente do Coaf, Ricardo Liáo. Foto: Will Shutter/Câmara dos Deputados.
O presidente do Coaf comentou sobre as criptomoedas em um evento da Febraban nesta terça-feira (20), pedindo cautela com o mercado e dizendo que sem “ordem” ele não pode ficar.
O presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Ricardo Liáo, participou com o presidente da FEBRABAN, Isaac Sidney, da abertura do 12.º Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo.
Esse evento, online e gratuito, é organizado pela própria Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN), e vai até a próxima quarta (21).
Considerado o mais importante e tradicional do setor sobre o tema de lavagem de dinheiro, o evento é aberto a profissionais de todas as áreas que se relacionam com o tema e debaterá as melhores práticas, novidades, tendências e novas tecnologias relacionadas ao assunto.
O evento foi dividido em sete painéis, sendo a avaliação do Brasil pelo Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI), desafios de PLDFT no mercado de criptoativos, as operações de crimes de lavagem de dinheiro, prevenção a lícitos ambientais e boas práticas do Setor, entre outros mais.
Durante a fala do presidente do Coaf, ele disse que as criptomoedas é um assunto hoje acompanhado pelo órgão, em conjunto com o Congresso Nacional.
Segundo ele, há uma expectativa de que o PL 4.401/2021 seja aprovado em breve, para que o Brasil tenha assim as melhores condições para tratar sobre o tema.
“É um tema de altíssimo risco para todas as economias, diante do que a gente já conhece, realmente é muito arriscado, vamos dizer assim, deixar esse mercado por mais tempo ainda sem uma ordem, uma organização, de forma a funcionar de maneira legítima, legal, sem buscar subterfúgios ou desvios de conduta que levem aqueles que creem, os investidores que creem nesses tipos de negócios possam ser submetidos a prejuízos de suas economias. Há uma obrigação do estado em proteger, vamos dizer assim, de alguma forma, esses investidores.”
Vale lembrar que recentemente o Coaf mudou as determinações para corretoras de criptomoedas, que agora não têm mais um sistema próprio para enviarem informações de clientes.
Durante sua fala, Isaac Sidney também citou as criptomoedas e disse que o assunto das criptomoedas tem avançado no debate da sociedade brasileira.
Dessa forma, ele acredita que os bancos estão preparados para se unir ao assunto e participar das discussões que passam pelas criptomoedas.
“A Febraban participa ativamente de uma séria de ações da Encla. Quero ainda aqui pontuar o avanço das discussões sobre a legislação de criptoativos. Temos que enfrentar esse debate, o setor bancário já está pronto para discutir.”
Na próxima quarta-feira (21), o evento continua com mais participantes sobre o tema de prevenção à lavagem de dinheiro.
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