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Como as criptomoedas vão para zero, de acordo com o “The Economist”

O "The Economist" reconhece que apesar de a indústria passar por momentos de escândalos, resultando na quebra de confiança e diminuição de volume, a adoção continua e o cenário de as criptomoedas deixarem de existir é provavelmente impossível.

Menos de uma semana após declarar a morte do Bitcoin, a revista inglesa ‘The Economist’ voltou a publicar um artigo prevendo o fim das criptomoedas. Desta vez, faz um ensaio sobre como governos, mineradores e investidores podem se unir para tentar destruir os ativos digitais.

Em resumo, o jornal afirma que as criptomoedas só morrerão “se todos pararem de usar”, mas classifica tal possibilidade como “extraordinariamente difícil”, já que o Bitcoin e outras criptomoedas são extremamente populares agora e ganham cada vez mais adoção.

“O alto valor atual do bitcoin e do Ethereum torna isso ainda mais difícil.” – diz o Jornal.

Mineradores e governos

Citando ações coordenadas de como governos e mineradores poderiam atacar as criptomoedas, o ‘The Economist’ destaca que destruir o Bitcoin é uma possibilidade com ataques de 51%.

Um ataque a uma blockchain por um grupo de mineradores que controlam mais de 50% do hashrate de mineração – a soma de todo o poder computacional dedicado à mineração  – é chamado de ataque de 51%.

“A segurança dessas redes – medida pela quantia que alguém teria que gastar para atacá-las – está agora na faixa de US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões. Seria necessário um governo ou um indivíduo muito rico para montar tal ataque. E mesmo que Elon Musk estivesse interessado, ele parece um pouco ocupado no momento.”

No ataque, os invasores podem interromper a confirmação e a ordem de novas transações, assim, podem reescrever partes de uma blockchain e reverter as transações.

“Quanto mais valiosos os tokens, mais energia é necessária para atacar uma rede com prova de trabalho, como Bitcoin, e mais dinheiro para atacar uma blockchain a prova de participação, como Ethereum.”

Colapsos

O “The Economist” também cita colapsos recentes de várias empresas e projetos do setor, como a Terra(Luna) e FTX. O jornal reconheceu que embora as empresas tenha quebrado e prejudicado a imagem da indústria, os protocolos de criptomoedas continuam funcionando, sendo o problema as empresas e os supostos líderes do setor.

A opinião é compartilhada por maximalistas de Bitcoin que, em todos os casos de falência de corretoras ou golpes do setor, alertam os demais usuários que nada mudou para o bitcoin, com o protocolo continuando funcionando normalmente conforme seu código foi escrito.

No entanto, diz o jornal, o fim das empresas pode colocar em risco a tecnologia, já que mineradores podem abandonar tais projetos e assim, deixar suas redes fracas contra ataques de hackers.

“As plataformas de DeFi e os protocolos continuaram a funcionar, mesmo quando as empresas mais semelhantes aos negócios normais implodiram uma a uma. Mas o colapso dessas empresas pode colocar em risco a tecnologia subjacente, tirando pedaços de seu valor, tornando as cadeias mais expostas a possíveis invasores e forçando mineradores ou interessados ​​a desligar suas máquinas.”

Seguindo, o “The Economist” reconhece que apesar de a indústria passar por momentos de escândalos, resultando na quebra de confiança e diminuição de volume, a adoção continua e o cenário de as criptomoedas deixarem de existir é provavelmente impossível.

“A reputação das criptomoedas já foi prejudicada antes. Elas cairam em valor várias vezes na história, e apesar de menos pessoas usarem criptomoedas como resultado de colapasos, é muito difícil imaginar que o número seja o suficiente para levar seu valor a zero.”

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