Criptomoedas vieram para ficar, diz vice-presidente do Mercado Pago no Brasil

Uma das maiores empresas da América Latina comprou Bitcoin esta semana e se juntou ao seleto grupo de empresas listadas em bolsa a possuir Bitcoin.

O Mercado Livre atualmente está tratando o Bitcoin como uma reserva de valor, não como meio de pagamento – foi o que disse o vice-presidente do Mercado Pago no Brasil, Túlio Oliveira, ao jornal O Globo.

Quando Satoshi Nakamoto criou o Bitcoin em 2009, ele planejou o funcionamento da criptomoeda para cumprir as três funções básicas do dinheiro: reserva de valor, unidade contábil e meio de troca.

Como reserva de valor, o Bitcoin tem chamado cada vez mais atenção do mundo, inclusive de grandes empresas. A primeira grande compra de Bitcoin por uma empresa de capital aberto foi feita pela MicroStrategy, que é uma das maiores detentoras da moeda digital atualmente.

Nos quesitos meio de troca e unidade contábil, a adoção ainda não tem a mesma velocidade.

VP do Mercado Pago no Brasil fala sobre Bitcoin

Túlio Oliveira comentou alguns detalhes sobre a recente compra de Bitcoin feita pelo Mercado Livre. A compra foi um marco importante na história da moeda digital e abriu portas para que outras empresas latinas façam o mesmo.

O Mercado Livre, que tem ações listadas na Nasdaq, atua nos principais mercados latinos e de economias emergentes, como Argentina, Brasil e México. A compra é tratada internamente pelo Mercado Livre como uma diversificação do tesouro em reservas de valores.

De acordo com Túlio, em conversa com o jornal O Globo, o debate sobre criptomoedas é relativamente novo, mas ele entende que o assunto veio para ficar. Assim, a primeira compra do Mercado Livre é um investimento neste mercado promissor, que pode ajudar a empresa no futuro como reserva de valor.

No entanto, o Bitcoin ainda não é considerado um meio de pagamento pelo Mercado Livre, em nenhum país que atua. Isso porque, Túlio disse que a empresa não tem nenhum fluxo para pagamentos com criptomoedas hoje.

Recentemente, o Mercado Livre anunciou a possibilidade de comprar imóveis na Argentina com criptomoedas. Túlio lembrou que tais operações não são processadas pela plataforma, mas fora dela.

“Hoje, não temos nenhum fluxo de pagamentos em cripto. Em geral, as criptomoedas não têm sido usadas para fins transacionais, mas como reserva de valor. Ainda é muito caro e demorado transacionar pequenos valores com elas. Mas seguimos observando essa possibilidade”, disse ele ao O Globo.

Ele lembrou que o Bitcoin é uma ótima reserva de valor, mas como meio de pagamento a empresa ainda estuda as aplicações.

Tesla comprou Bitcoin e aceita criptomoeda para compra de veículos

Uma das empresas que mais impulsionaram a adoção institucional do Bitcoin foi a Tesla, comandada por Elon Musk. Além de comprar a criptomoeda, a empresa passou a aceita-la como meio de pagamento pelos famosos carros elétricos.

Como o Bitcoin é uma moeda relativamente nova, muitas empresas caminham a passos curtos rumo à adoção. Mas o Mercado Livre já começou seu movimento e mostra que continua monitorando a tecnologia.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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