Eles deveriam ser os inimigos, mas estão abraçando as criptomoedas

Em lista publicada pela Gizmodo, 14 pessoas que trabalhavam para órgãos do governo americano como a Comissão de Valores Mobiliários (SEC), Departamento do Tesouro e outros, agora são funcionários de exchanges, empresas de capital de risco e também mineradoras.

Reguladores e políticos, dois grupos que, teoricamente, deveriam ser os inimigos das criptomoedas, estão abraçando as mesmas. Enquanto os primeiros mudaram de emprego, agora trabalhando para empresas do setor de criptomoedas, os segundos estão investindo em tais ativos.

Em lista publicada pela Gizmodo, 14 pessoas que trabalhavam para órgãos do governo americano como a Comissão de Valores Mobiliários (SEC), Departamento do Tesouro e outros, agora são funcionários de exchanges, empresas de capital de risco e também mineradoras.

Enquanto isso, o site Coinfomania aponta que congressistas americanos já possuem 1,8 milhões de dólares (R$ 9 milhões) em investimentos em criptomoedas como Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Cardano (ADA) e até mesmo Dogecoin (DOGE).

Reguladores vestindo a camisa das criptomoedas

Embora o papel dos reguladores seja, de certa forma, atrapalhar a vida de empreendedores do setor de criptomoedas, alguns deles já mudaram de camisa e estão, na verdade, ajudando tais empresas. Como destaque, uma lista do Gizmodo aponta 14 ex-reguladores do governo que agora estão trabalhando para empresas privadas.

Mick Mulvaney, extensa carreira governamental em diversas agências, sendo inclusive chefe de gabinete de Donald Trump. Neste último mês foi contratado pela Astra Protocol como conselheiro.

Scott Bauguess, trabalhou em altos cargos CVM americana por 12 anos. Agora trabalha para a exchange Coinbase como vice-presidente de Política Regulatória Global.

Michele Korver, trabalhou na Rede de Combate a Crimes Financeiros (FinCEN) e outras agências governamentais. Hoje trata de assuntos regulatórios para a Andreessen Horowitz (a16z), empresa de capital de risco focada em criptomoedas.

Jay Clayton, presidente da SEC por três anos, entre 2017 e 2020. Atualmente é conselheiro da One River Digital Asset Management, empresa de investimento em criptomoedas.

Brian Brooks, trabalhou para o governo Trump na regulação de 1.200 bancos nacionais e outras atividades bancárias. Além de passar por empresas como Coinbase e Binance.US, onde atuou como CLO e CEO, respectivamente, agora é o diretor-executivo da mineradora Bitfury.

Christian Sabella, ex-diretor da Divisão de Trading da SEC, onde trabalhou por mais de uma década. Está trabalhando para a Coibase há quase um ano.

Max Baucus, ex-senador de Montana e presidente do Comitê de Finanças do Senado. Atualmente é consultor da Binance em assuntos relacionados a políticas e relações governamentais.

Katie Cox, previamente responsável pelo setor de aquisições e fusões do Fed. No momento está trabalhando para o Avanti, um banco focado em criptomoedas.

Thaya Brook Knight, ex-advogada da CVM americana. Desde o início deste ano está trabalhando para a exchange Coinbase, resolvendo assuntos regulatórios.

Greg Monahan, ex-funcionário do Tesouro dos EUA. Após trabalhar por três décadas para o governo, começou a trabalhar para a Binance, responsável por relatórios de crimes financeiros.

Brett Redfearn, outro ex-diretor da Divisão de Trading da SEC. Passou pela Coinbase e atualmente está trabalhando na Securitize, outra empresa ligada a criptomoedas.

Manuel “Manny” Alvarez, trabalhou no Departamento de Inovação e Proteção Financeira e outros. Desde julho de 2021 está trabalhando para a Binance.

Mary Jo White, ex-presidente do SEC durante o governo Obama, ocupando o cargo por 4 anos. Posteriormente foi contratada pela Ripple para defender a empresa em processo aberto pela própria SEC.

Chris Giancarlo, presidente do CFTC, órgão governamental responsável pela regulação de diversos setores. Hoje está trabalhando como conselheiro na empresa de capital de risco CoinFund.

Indo além desta lista, também podemos citar a contratação de agentes da Receita Federal. Tigran Gambaryan, responsável pelo caso da Silk Road, e Matthew Price, responsável pelo caso Helix, foram dois nomes de peso adquiridos pela Binance no ano passado.

O principal motivo destas contratações, além do extenso conhecimento sobre questões regulatórias, é o orçamento de tais empresas. Afinal, alguns fundadores já aparecem na lista dos mais ricos do mundo, como Changpeng Zhao, CEO da Binance, na 19ª posição.

Políticos comprando criptomoedas

Além de ex-reguladores do governo agora trabalhando para empresas de criptomoedas, também podemos observar diversos políticos americanos comprando criptomoedas. Segundo a Coinfomania, os montantes ultrapassam os 9 milhões de reais (US$ 1,8 mi).

Como são pessoas públicas, tais dados precisam ser divulgados. Através da plataforma Capitol Trades é possível ver todas essas movimentações. Como destaque, podemos observar a senadora americana Cynthia Lummis comprando Bitcoin (BTC), bem como Felix Moore comprando Cardano (ADA), Ethereum (ETH) e até mesmo Dogecoin (DOGE).

Compras de criptomoedas por políticos. Fonte: Capitol Trades.

Portanto, embora tais ex-reguladores e atuais políticos deveriam ser os inimigos da criptomoedas, e alguns são, até mesmo eles estão percebendo o potencial deste setor. E não há nada melhor do que termos pessoas com conhecimento sobre o tema em debates políticos.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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