Empresa brasileira compra terreno em metaverso de criptomoedas

CEO da empresa conversou com o Livecoins e narrou toda a sua experiência.

Uma empresa brasileira inovou ao comprar um terreno no metaverso de criptomoedas The Sandbox, ambiente digital que ganhou fama em 2021. Com a chegada do Facebook no espaço do metaverso, com seu nome sendo alterado para Meta, o cenário evoluiu.

Muitos metaversos existentes passaram a se beneficiar deste movimento e acabaram se destacando pelo mundo.

Contudo, há que se entender que o metaverso já existe em ambientes centralizados e descentralizados, estes últimos fazendo uso da tecnologia blockchain e criptomoedas. E é neste setor que uma empresa foca sua operação para trazer novidades para o mercado em 2022.

Empresa com sede em São Paulo lançou plataforma de NFTs e já atendeu grandes clientes no país

Trabalhando com o registro de Propriedade Intelectual em redes blockchain, a InspireIP, com sede na cidade de São Paulo, observa as tendências de mercado com atenção. Dessa forma, a empresa já criou uma plataforma de NFTs onde são comercializados colecionáveis exclusivos em parceria com seus clientes.

Com foco no B2B, a InspireIP já atendeu vários clientes grandes neste setor de NFTs, como a emissora SBT, o ícone cultural do carnaval de Recife “Galo da Madrugada” e até com a dupla de DJs do JetLag Music.

Em conversa com o Livecoins, a CEO Caroline Nunes contou um pouco do trabalho da empresa e sua plataforma de NFTs.

“A gente tem feito vários projetos com muitas empresas, e esses envolvem não só a tecnologia, como toda uma campanha por trás. O serviço de assessoria, de estratégia, de construção de comunidade, porque NFT por NFT não vende, é só uma tecnologia que permite que ativos digitais se tornem escassos e sejam comercializados pela internet”.

Com vários clientes, os serviços de consultoria e assessoria em NFTs segue crescendo, ajudando empresas em suas novas estratégias de marketing.

A empresa que conta com 17 colaboradores, a maior parte desenvolvedores blockchain, já trabalha com várias tecnologias digitais e acredita que a pandemia mudou a forma como as pessoas se relacionam pela internet. Serviços como Zoom, Google Meeting, que antes não eram conhecidos por grande parte das pessoas, acabaram se tornando essenciais.

Dessa forma, a maneira como as pessoas se comunicam tem mudado, e o foco da InspireIP se voltou ao metaverso, que Caroline acredita ser a evolução do mercado de NFTs.

Avaliação do metaverso e compra de um terreno: como empresa brasileira fez isso?

Após criar NFTs e lançar sua plataforma, a InspireIP se viu avaliando o metaverso após vários clientes demonstrarem interesse neste setor. Caroline inclusive acredita que o mercado de NFTs é muito promissor e tende a evoluir com a chegada do metaverso, que poderá ser a palavra do ano em 2022.

Assim, a empresa avaliou diversos metaversos ligados às criptomoedas, que a CEO acredita serem os maiores do mercado hoje. Foram avaliados a Decentraland (MANA), SuperWorld, entre outros mais, contudo, a empresa brasileira comprou um terreno no metaverso de criptomoedas do The Sandbox (SAND).

Segundo Caroline, essa chegada no SAND aconteceu por conta das marcas que já estão no local, entre outros fatores mais.

“A gente avaliou diversos metaversos, tem ambientes incríveis, e escolhemos do The Sandbox pelo projeto que eles tem, que é muito concreto, com gráficos atrativos e terras valorizadas. Hoje, esse é um dos maiores metaversos, então essa foi a avaliação principal, além do suporte ao mercado de NFTs.”

Segundo a CEO, apesar do termo não ser novo, o metaverso ficou melhor com as criptomoedas, que criaram o mecanismo de exclusividade e escassez digital que antes não existiam. Para ela, esse mecanismo de NFTs dá a peça que faltava para o metaverso, que é a economia.

Mas o processo em si da compra não é muito fácil, devendo ser convertido valores em Real para criptomoedas e o custo de um terreno ainda não é nada interessante para quem deseja apenas testar o metaverso. Ela contou que o processo ainda é complexo e muitas pessoas não querem comprar um terreno por cerca de R$ 80 mil ainda.

Planos com terreno no metaverso

Segundo a CEO, a localização do terreno no metaverso também é muito importante, visto que ações de marketing podem ser abaladas por uma compra de um terreno errado. Contudo, a nova solução da empresa brasileira é oferecer testes com esse ambiente, que pode ser alugado e clientes criarem campanhas temporárias em metaverso.

Como a InspireIP tem sua plataforma de criação de NFTs e agora um terreno, os planos envolvem uma ação completa para clientes.

“Com o metaverso agora, temos a possibilidade de colocar NFTs exclusivos no ambiente. Várias empresas nos procuraram, recebemos bastante demanda sobre metaverso no final de 2021, e em 2022 a demanda só aumentou. Os clientes que queriam apenas NFTs já procuram pela união dessa tecnologia com o metaverso. É uma nova forma de gerar receita, criar marketing e as empresas querem estar na vanguarda da inovação”.

Ao Livecoins, Caroline disse que conversa com várias empresas para criar soluções para metaverso, que em breve deverão se revelar. Com trabalhos já concluídos, a InspireIP disse que já trabalhou com SBT, Spotify América Latina, o roteirista do Maurício de Souza, entre outros.

Metaverso tem várias barreiras de entrada

Apesar de todo o cenário promissor do metaverso, Caroline Nunes acredita que ainda existem muitas barreiras de entrada neste ambiente.

“Não é fácil, não tem uma experiência de usuário intuitiva. É diferente de mexer em um aplicativo de celular. O trajeto mesmo de comprar uma terra ainda é complexa, mas deve melhorar nos próximos anos”.

Além disso, ela disse que o processo de colocar um NFT no metaverso não é simples e deve ser feito por pessoas qualificadas, visto que a língua da arte colecionável deve concordar com os metaversos.

Outra questão que Caroline alerta é sobre a interoperabilidade dos metaversos, visto que os diversos ambientes não seguem um padrão, o que dificulta a criação de itens. Ela lembrou que a rede Ethereum já procura criar um padrão, mas o próprio NFT não possuí interoperabilidade.

“Hoje o metaverso é muito nichado, não é qualquer pessoa que consegue comprar um terreno e ter o acesso total. O próprio conhecimento da tecnologia ainda é uma barreira para muitas pessoas. A questão da tecnologia e aparelhos necessários para interagir com ela ainda é complexa. Então sim, tem diversas barreiras, mas estamos caminhando e provavelmente em dois anos terá mudado”.

Em 2024, cenário será melhor

O foco da InspireIP para os próximos anos é melhorar a usabilidade para seus usuários, visto que no futuro será possível usar o metaverso com óculos, luvas, entre outros itens físicos. Ela acredita que a chegada do Facebook é muito positiva ao mercado, visto que a base de usuários dessa empresa é grande e deverá apresentar o conceito a população mundial.

Ainda em estágio embrionário, Caroline acredita que em 2024 o metaverso deverá ser muito maior e mais maduro do que é hoje. Sobre o metaverso descentralizado, ela acredita que isso continuará em alta e atendendo ao nicho de pessoas que querem esses ambientes.

Mas os metaversos centralizados como do Facebook também deverão ter espaço, assim como hoje as pessoas usam as redes sociais da empresa.

Caroline também não acredita que metaverso seja uma bolha do mercado, que no futuro será similar a um “Zoom”.

“Não é uma bolha. É porque assim, sempre que tem uma tecnologia, uma coisa que explode de valor, as pessoas ficam desconfiadas. Mas os projetos por trás desse movimento são sólidos e deverão avançar muito”.

“É o melhor momento do mercado”

Trabalhar com tecnologias blockchain deverá ser uma realidade comum nos próximos anos, mas o momento atual é o melhor, segundo a CEO da empresa brasileira que comprou um terreno no metaverso de criptomoedas.

Para Caroline, uma dica para quem deseja entrar para aproveitar essa inovação é focar em desenvolvimento blockchain e aplicativos descentralizados, área que está em alta, mas carece de profissionais.

Sobre o que é mais legal no metaverso, a CEO da InspireIP acredita que a compra de um NFT de um metaverso, no caso dela foi utilizada a OpenSea, foi a experiência mais interessante.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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