Engenheiro nuclear pede Bitcoin em troca de dados de submarino e é preso

Ele e esposa foram pegos em investigação sobre espionagem militar.

Um engenheiro nuclear dos Estados Unidos queria vender dados de construção de um submarino e pediu Bitcoin como pagamento pelas informações.

O caso aconteceu no estado de Maryland, nos EUA, e vinha sendo investigado pelo FBI há um ano. O engenheiro e sua esposa foram presos no último sábado (9), quando as investigações já conseguiram arrecadar muitas informações do casal.

As negociações eram feitas pela internet e eles pensavam estar negociando com representantes de potências estrangeiras. No entanto, mal sabiam que do outro lado estavam agentes da lei dispostos a capturar eles.

Engenheiro nuclear e esposa são presos após vender dados de submarinos

Jonathan (42) e Diana Toebbe (45), foram presos no último sábado no condado de Jefferson, West Virginia. Na ação, participaram agentes do FBI e Naval Criminal Investigative Service (NCIS).

Eles são acusados de vender informações restritas sobre projetos de navios de guerra movidos a energia nuclear pela internet, sendo a atuação do casal determinante para incriminar os dois.

Na próxima terça-feira (12), eles serão ouvidos em um tribunal federal pela primeira vez, mas o caso chama atenção, visto que seria uma violação da Lei de Energia Atômica dos Estados Unidos, maior potência no setor.

Nas negociações, os Toebbe acreditavam estar vendendo os dados para potências estrangeiras. Um procurador-geral dos EUA acredita que o trabalho dos agentes foi fundamental para encerrar o caso de espionagem militar.

“A denúncia acusa um complô para transmitir informações relacionadas ao projeto de nossos submarinos nucleares para um país estrangeiro”.

Jonathan era um funcionário do Departamento da Marinha, com foco no desenvolvimento do Programa de Propulsão Nuclear Naval. Como seu cargo no programa era importante, ele teve acesso a informações relativas à propulsão nuclear naval, incluindo aqueles elementos militares sensíveis do projeto.

Qualquer país estrangeiro interessado na tecnologia dos Estados Unidos poderia se beneficiar dessas informações, seja para criar para eles ou usar essas em eventuais guerras contra a maior potência militar do mundo.

Tudo começou em abril de 2020 e o engenheiro nuclear pediu Bitcoin como pagamento pelas informações

No dia 1 de abril de 2020, Jonathan Toebbe enviou um pacote pela primeira vez ao “governo estrangeiro”. Esse foi encaminhado a um endereço na Pensilvânia, contendo uma amostra dos dados que ele tinha em sua posse.

A partir do envio da amostra, ele utilizou um e-mail criptografado para se comunicar com o suposto governo estrangeiro que, na verdade, era um agente do FBI que colhia todas as informações para a investigação.

Durante os vários meses que ele vendeu informações ao agente do FBI, ele pediu milhares de dólares em Bitcoin, aponta a justiça dos EUA.

Só nos últimos cinco meses ele teria obtido US$ 100 mil em criptomoedas com a suposta venda de informações privilegiadas de submarinos nucleares, que eram feitas com a ajuda de sua esposa, que vigiava os locais que ele deixava os cartões SDs com as informações sigilosas que eram vendidas.

“O FBI prendeu Jonathan e Diana Toebbe em 9 de outubro, depois que ele colocou outro cartão SD em um “ponto morto” pré-arranjado em um segundo local em West Virginia.”

O FBI e o NCIS estão investigando o caso ainda, e o casal ainda é considerado inocente afirmou a justiça de Maryland que ainda não julgou o caso, que chama atenção.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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