Esposa do “Rei do Bitcoin” é mantida em prisão domiciliar

Negada liberdade novamente.

A esposa de Cláudio Oliveira, o falso “Rei do Bitcoin”, Lucinara da Silva Oliveira, foi mantida em prisão domiciliar. Ela foi presa junto com Cláudio Oliveira em julho de 2021, quando a Operação Daemon foi deflagrada pela Polícia Federal do Brasil.

Alvo de busca e apreensão, ela também teve pertences levados, assim como seu marido.

Um dos bens apreendidos e que estava em posse do casal foi a Lamborghini de luxo, que está em um shopping de Londrina em exibição pública até o dia 30 de janeiro de 2022.

Isso mostra que o golpe aplicado pelas empresas é considerado pelas autoridades um marco no combate ao crime organizado e contra economia popular.

Histórico de prisão da esposa do “Rei do Bitcoin”

A esposa do “Rei do Bitcoin”, Lucinara Oliveira, não tem aceitado muito bem sua estadia na prisão, após ser ligada ao caso de seu marido, negando qualquer envolvimento com as atividades investigadas pelas autoridades brasileiras.

Presa em julho de 2021, ela teve sua prisão convertida em domiciliar dias após a Operação Daemon. Contudo, ela descumpriu as medidas cautelares impostas a ela na ocasião, voltando a ser levada para penitenciária.

Em setembro daquele ano, ela pediu novamente para ser colocada em prisão domiciliar por problemas de saúde e por ser mãe de filho pequeno. Seu pedido foi negado na ocasião.

Mesmo assim, após recorrer ela acabou tendo sua prisão novamente convertida para domiciliar e ela foi cumprir sua pena em casa. O próprio Cláudio Oliveira ao ver a esposa em casa tentou outubro de 2021 a extensão do benefício, alegando que seu caso era similar, mas não convenceu o STJ.

Tentou ser liberada da prisão de vez, mas não deu certo

Apesar de já ter um histórico de idas e vindas da prisão domiciliar e penitenciárias, Lucinara tentou junto ao STJ se livrar de vez da necessidade de cumprir essa medida.

Dessa forma, ela pediu para ter sua prisão domiciliar revogada, e o caso foi analisado pelo Vice-Presidente do STJ, Jorge Mussi, que estava como presidente em exercício na última terça-feira (19), data em que o caso foi julgado.

A defesa argumentou que ela tem residência fixa, é réu primária e não tem risco, “não havendo provas suficientes quanto à autoria dos crimes imputados a ela“.

Na sua visão, o ministro declarou que esse caso não poderia julgar o caso no STJ, que ainda não julgou o mérito do pedido.

“A matéria não pode ser apreciada pelo Superior Tribunal de Justiça, pois não foi examinada pelo Tribunal de origem, que ainda não julgou o mérito do writ originário.”

Além disso, o ministro destacou em sua negativa um trecho do processo original que identificou que ela e seu marido sempre se mudam de cidade após seus golpes serem expostos, o que daria um risco ao liberar ela da prisão definitivamente.

O ministro grifou trecho na decisão de que ela também tem uma carteira de Bitcoin apreendida e não colaborou com a justiça, negando sua existência. Dessa forma, o pedido de liberdade definitiva a esposa do “Rei do Bitcoin” foi negada e ela seguirá por hora em prisão domiciliar.

Esse golpe investigado pela PF movimentou milhões de investidores com a desculpa de realização de investimentos em Bitcoin, mas não passava de uma fachada para um esquema de captação de recursos para uso próprio do dinheiro pelos donos do Grupo Bitcoin Banco.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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