EUA apresentam projeto de lei para bancos custodiarem bitcoin e criptomoedas

Ao que tudo indica, as criptomoedas estão criando raízes fortes nos EUA. Além de ser atualmente o polo da mineração de Bitcoin, ETFs americanos já detém mais de 750.000 bitcoins (cerca de 3,6% da oferta total) e o governo possui 215.000 bitcoins (R$ 66,6 bilhões) confiscados de criminosos.

Congressistas americanos apresentaram um projeto de lei nesta quinta-feira (29) para que bancos possam fazer custódia de criptomoedas para seus clientes.

Embora a comunidade recomende que investidores façam autocustódia de suas criptomoedas, sem depender de terceiros, pessoas mais leigas ainda preferem confiar a segurança de seus ativos, especialmente em corretoras.

Dado o histórico de escândalos do setor, como o hack e falência da Mt. Gox em 2014 e do golpe e falência da FTX em 2022, essa opção é arriscada.

Sendo assim, a custódia de criptomoedas feita por bancos tradicionais pode chegar como uma alternativa a este problema. No caso dos EUA, que conta com mais de 4 mil bancos, isso também evitaria grandes concentrações nas mãos de poucos players, diminuindo efeitos de eventuais perdas.

Congressistas americanos querem permitir que bancos façam custódia de criptomoedas para seus clientes

O principal argumento apresentado pelos congressistas é justamente a segurança dos investidores. Nas redes sociais, o republicano Mike Flood criticou as resoluções anteriores da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).

“O SAB (Boletim da Equipe de Contabilidade) 121 do presidente [da SEC] Gary Gensler praticamente impediu que os bancos atuassem como custodiantes de ativos digitais”, disse Flood. “Hoje, Wiley Nickel, Cynthia Lummis e eu apresentamos resoluções para revogar o terrível boletim da SEC.”

O projeto de lei é proposto logo após a Comissão aprovar uma dezena de ETFs de Bitcoin à vista. No momento, essas gestoras estão dependentes da Coinbase Custody na administração desses bitcoins, o que pode mudar com esse projeto.

Ou seja, gestoras poderiam escolher bancos para realizar essa função de custódia. Dado o tamanho que os ETFs estão tomando, é possível que grandes instituições bancárias americanas tenham interesse em fornecer esse serviço.

Outro que criticou o SAB 121 foi Patrick McHenry, presidente do Comitê de Serviços Financeiros.

“Existe um acordo bipartidário do SAB 121 que prejudica a proteção do consumidor e deixa vulneráveis os ativos digitais dos clientes. Estou ansioso para que esta medida atravesse a linha de chegada para derrubá-la.”

Ao que tudo indica, as criptomoedas estão criando raízes fortes nos EUA. Além de ser atualmente o polo da mineração de Bitcoin, ETFs americanos já detém mais de 750.000 bitcoins (cerca de 3,6% da oferta total) e o governo possui 215.000 bitcoins (R$ 66,6 bilhões) confiscados de criminosos.

Indo além, a discussão já chegou até mesmo às campanhas presidenciais. Donald Trump, principal concorrente de Joe Biden, até mesmo mudou de opinião sobre o Bitcoin recentemente.

Segundo pesquisas recentes, 20% dos americanos investem em criptomoedas. Ou seja, são votos que podem decidir a próxima eleição americana.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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