Ex-diretor da CIA desmente vínculo do Bitcoin com crimes

O ex-diretor da CIA destacou que é importante que esse preconceito com as criptomoedas não prejudique o poder dos EUA em tentar evoluir o sistema financeiro para não ficar para trás na competição.

A preocupação da relação do Bitcoin com o uso em atividades criminosas, desde o financiamento de ataques terroristas até a lavagem de dinheiro, é um prego que vem sempre sendo martelado por governos e entidades regulatórias. No entanto, a moeda recebeu um voto positivo de um importante nome, Michael Morell, ex-diretor da CIA. 

Em um documento recente, intitulado “Uma análise do uso do Bitcoin em finanças ilícitas”, o ex-diretor da CIA foi contrário a opinião de outros órgãos, revelando que a ligação da maior criptomoeda do mundo com os crimes é bem menor do que o afirmado anteriormente.

Como destacado pela Forbes o importante estudo realizado por Morrel, chega a duas conclusões principais:

  • A generalização do uso do Bitcoin em crimes financeiras são significantemente exagerados;
  • Análise de Blockchain é uma ferramenta altamente eficiente para combater crimes e para reunir informações.

Muito além disso, Morrel ainda observa que as ilegalidades com o Bitcoin talvez sejam menos expressivas do que as atividades ilegais dentro do mercado tradicional.

“Na realidade, os níveis de atividade ilegal no ecossistema Bitcoin podem ser menores do que no sistema bancário tradicional”, observou o autor do estudo.

Gráfico mostrando o declínio do uso do Bitcoin para atividades ilícitas, com uma queda considerável após o fim da Silk Road. Fonte: Beacon Global

O documento foi publicado como um documento independente, comissionado pelo recém-criado grupo para lobby do criptomercado Crypto Council for Innovation, cujo membros fundadores são a Coinbase, Fidelity Digital Assets e a Square.

Estudo bate de frente com Secretaria do Tesouro dos EUA 

O estudo de Michael Morrel, que não deve ser considerado algo pequeno, vai de frente com a opinião da Secretaria de Tesouro dos EUA, principalmente da secretária Janet Yellen, que “declarou guerra contra o Bitcoin”

Yellen está sempre falando sobre como o Bitcoin é ineficiente, e sempre batendo na tecla de que a moeda é usada apenas para fins criminosos.

Durante uma entrevista com a Forbes, Morrel disse que, antes de começar sua pesquisa para o relatório, acreditava que Yellen e Christine Lagarde (Presidente do Banco Central Europeu) eram “algumas das pessoas mais informadas do planeta” e que suas opiniões eram fundadas em fatos.

“[A análise] descobriu justamente o oposto, o Bitcoin e o criptomercado não estão tomados por atividades ilícitas. Na verdade, provavelmente tem menos atividade ilícita no ecossistema do Bitcoin do que sistema bancário tradicional.”

Por fim, o ex-diretor da CIA também destacou que é importante que esse preconceito com as criptomoedas não prejudique o poder dos EUA em tentar evoluir o sistema financeiro para não ficar para trás na competição.

“Nós precisamos garantir que o conhecimento convencional sobre o uso ilícito do Bitcoin não nos impeça de alavancar mudanças tecnológicas que vão permitir acompanhar a China.”

Com o recente relatório, o Bitcoin ganhou um aliado inesperado, mas com certeza essas informações pesam positivamente na reputação da moeda.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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