Ex-diretor da FTX compra relógio de passageiro do Titanic por R$ 7.7 milhões

O relógio em questão é um Waltham de ouro de 14 quilates, uma relíquia que pertenceu a John Jacob Astor IV, um magnata imobiliário que pereceu no Titanic em 1912.

Enquanto as vítimas da falida corretora de criptomoedas FTX aguardam reembolso dos valores perdidos na plataforma, um ex-executivo da empresa está gastando milhões de dólares mundo a fora.

De acordo com o Wall Street Journal, Patrick Gruhn, ex-chefe da FTX na Europa, fez a compra de um relógio de bolso de ouro associado ao trágico naufrágio do Titanic.

O relógio em questão é um Waltham de ouro de 14 quilates, uma relíquia que pertenceu a John Jacob Astor IV, um magnata imobiliário que pereceu no Titanic em 1912.

O ex-chefão da FTX desembolsou a bagatela de £1.175 milhão (cerca de R$ 7.7 milhões) em um leilão realizado pela Henry Aldridge & Son, estabelecendo um novo recorde de preço para itens relacionados ao Titanic.

A identidade do ex-diretor da FTX como comprador do relógio não havia sido divulgada, mas acabou aparecendo no site da casa de leilões inglesa Henry Aldridge & Son.

O executivo disse que comprou o relógio como presente para sua esposa, e que eles exibiriam o relógio em museus.

“Queremos que as pessoas nos EUA possam ver e admirar esta relíquia histórica”, disse.

Enquanto isso, a FTX, empresa que adquiriu a Digital Assets AG por mais de US$ 323 milhões de Gruhn, ainda não pagou milhares de investidores qu perderam dinheiro na plataforma.

A corretora processou Gruhn e os fundadores da Digital Assets AG em 2023, alegando irregularidades no pagamento e uso indevido de fundos dos clientes.

Gruhn, por sua vez, nega qualquer conexão entre a aquisição da FTX e sua compra do relógio, afirmando que os recursos utilizados foram provenientes da venda de suas próprias empresas.

Ele afirma também que não tinha conhecimento da fraude de Sam-Bankman-Fried, então CEo da FTX, até que a empresa implodiu. Desde que deixou a empresa, ele lançou um novo negócio para construir uma corretora de derivativos com criptomoedas na Europa. Ele também dirige uma rede de TV católica alemã.

FTX

Enquanto o ex-executivo da FTX gasta milhões com itens de luxo, os clientes afetados pelo colapso da FTX em 2022 continuam aguardando o desfecho das investigações para recuperarem seus fundos perdidos.

O colapso da corretora deixou um rastro de clientes prejudicados que perderam seus investimentos e criptomoedas depositados na plataforma. Desde então, muitos desses clientes têm buscado compensação pelos danos sofridos, enfrentando dificuldades para obter respostas claras ou reembolsos de seus investimentos.

Conforme os clientes aguardam uma resolução, alguns têm dúvidas sobre a transparência e responsabilidade da FTX em relação aos fundos dos clientes, enquanto outros esperam que os processos legais em andamento tragam alguma forma de reparação.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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