Ex diretor do Uber é condenado por pagar hackers com Bitcoin e esconder vazamento

Sullivan varreu o incidente para debaixo do tapete ao afirmar que o pagamento aos hackers era uma recompensa por detecção de bugs e fazendo com que eles assinassem acordos de confidencialidade.

O ex-chefe de segurança da Uber, Joseph Sullivan, foi considerado culpado por um júri federal por encobrir uma violação de dados que o aplicativo de transporte sofreu em 2016.

De acordo com o departamento de Justiça dos EUA, Sullivan escondeu uma violação de dados, pagando a hackers US$ 100.000 em troca da destruição de dados roubados.

O incidente de segurança em questão aconteceu em 2016, quando o Uber sofreu um ataque hacker que resultou no roubo das informações pessoais de 50 milhões de usuários do Uber e 7 milhões de motoristas.

Os hackers roubaram os dados, incluindo 600 mil documentos de habilitação, nomes, números de telefone e endereços de e-mail, após invadir a conta AWS da Uber usando credenciais armazenadas no GitHub.

500 mil em Bitcoin

Os hackers exigiram R$ 500 mil do Uber em troca da destruição dos dados, que Sullivan concordou em pagar em Bitcoin usando dinheiro dos cofres do Uber.

No entanto, Sullivan varreu o incidente para debaixo do tapete ao afirmar que o pagamento aos hackers era uma recompensa por detecção de bugs e fazendo com que eles assinassem acordos de confidencialidade.

Em 2017, o Uber começou a investigar a violação de dados, e quando perguntado sobre o que havia acontecido, Sullivan mentiu, dizendo que os hackers só haviam sido pagos após serem identificados.

Sullivan também mentiu para advogados que conduziam uma investigação sobre o incidente. No entanto, a verdade sobre a violação acabou sendo descoberta pela nova administração da Uber, que divulgou a violação publicamente, e pela FTC, em novembro de 2017.

Além disso, de acordo com a justiça dos EUA, os dois hackers identificados pelo Uber foram processados. Ambos se declararam culpados em 30 de outubro de 2019 por acusações de conspiração por fraude informática e agora aguardam sentença. 

As declarações dos hackers revelaram que, depois que Sullivan ajudou a encobrir o caso, os hackers conseguiram invadir outra empresa – a Lynda.com – e tentaram exigir pagamentos em bitcoin também.

Sentença

Ao considerar Sullivan culpado, o júri concluiu que ele obstruiu a justiça e que cometeu delito de detenção, ou seja, sabia que um crime federal havia sido cometido e tomou medidas afirmativas para ocultar esse crime.

O ex-diretor do Uber permanece livre sob fiança até a sentença e pode enfrentar um total de oito anos de prisão pelas acusações quando for sentenciado.

“Esperamos que essas empresas protejam esses dados e alertem os clientes e as autoridades competentes quando esses dados forem roubados por hackers. Sullivan trabalhou afirmativamente para esconder a violação de dados da Comissão Federal de Comércio e tomou medidas para evitar que os hackers fossem pegos”, disse a procuradora dos EUA Stephanie Hinds.

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