Firoz Patel, um executivo canadense de 50 anos, foi condenado nos EUA a 41 meses de prisão nesta quinta-feira (6) por esconder 450 bitcoins das autoridades. A quantia está avaliada em R$ 255 milhões.
Em 2020, Patel havia sido condenado a 36 meses de prisão por operar um serviço chamado Payza (anteriormente AlertPay), empresa co-fundada por ele na qual atuava como CEO. Ou seja, foi condenado novamente antes mesmo de cumprir sua primeira pena.
Conforme o Bitcoin e outras criptomoedas ganham espaço no mercado, é notável que autoridades também estejam melhorando sua inteligência.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, a Payza não tinha nenhum controle sobre seus clientes e muitos deles operavam piramides financeiras, lavagem de dinheiro, esquemas de marketing multinível, e outras fraudes em geral. Motivo pelo qual Firoz Patel foi condenado em 2020.
Na data, o executivo se declarou culpado e concordou em identificar e entregar quaisquer bens ligados a sua empresa. No entanto, Patel ocultou 450 bitcoins das autoridades americanas.
“Patel forneceu informações falsas ao Departamento de Liberdade Condicional dos EUA e ao tribunal para esconder sua fortuna, alegando que seus únicos ativos eram US$ 30 mil em uma conta de poupança para aposentadoria.”
“Em vez de cumprir a determinação, Patel começou a consolidar os ativos ilícitos do Payza em criptomoedas logo após a sentença, mas antes de se apresentar à prisão”, apontou o DoJ. “Ele tentou depositá-las na Binance, uma corretora de criptomoedas.”
Devido a sua política de conformidade, a Binance encerrou a conta do executivo. Forçado a sacar seus 450 bitcoins, Patel abriu uma empresa em nome de seu pai em Belize, criou uma conta em outra corretora, mas teve seus fundos congelados novamente.
“Se o plano tivesse sido bem-sucedido, Patel teria escondido e lavado os fundos e, ao sair da prisão, teria 450 BTC à sua disposição”, comentou o Departamento de Justiça, notando que o executivo planejava fugir para o Canadá assim que possível.
Embora muitos apontem que o Bitcoin e outras criptomoedas não possam ser confiscados por autoridades, a transparência da rede é extremamente útil para investigações criminais. Além disso, o executivo movimentou seu dinheiro via corretoras, as quais são obrigadas a fornecer informações sobre movimentações suspeitas às autoridades.
No ano passado, um caso semelhante chamou a atenção da comunidade.
Após ficar preso por 9 anos por vender drogas em troca de Bitcoin, um americano de 40 anos foi preso novamente ao usar as criptomoedas que havia escondido da Justiça, que passaram por uma grande valorização enquanto esteve preso.
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