Glaidson Acácio dos Santos, o faraó dos bitcoins dono da GAS Consultoria, deverá responder nesta terça-feira (29) a um Processo Administrativo Sancionador instaurado pela Comissão de Valores Mobiliários do Brasil.
Desde que a fraude do faraó entrou na mira das autoridades, primeiramente com a Operação Kryptos, deflagrada pela PF em 2021, ele é investigado em várias esferas.
Dentre elas, a esfera federal apura crimes de violência contra concorrentes, além das falsas promessas de rendimentos de 10% ao mês.
A esposa de Glaidson, a venezuelana Mirelis Zerpa, segue foragida nos EUA. Com a CVM no caso, o faraó poderá receber mais uma punição no mercado de capitais, que será julgada nas próximas horas.
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CVM intima faraó dos bitcoins para julgamento por fraude de valor mobiliário
Para julgar se o faraó dos bitcoins cometeu crimes ou não no Brasil, a CVM apurou a denúncia elaborada pelo Ministério Público Federal. Assim, ficou claro para a autarquia que Glaidon e sua esposa, utilizando a GAS, movimentaram 38 bilhões de reais.
“Foi juntada aos autos do presente PAS a denúncia elaborada pelo Ministério Público Federal (“MPF”) no contexto da Operação Kryptos (“Denúncia do MPF”), em que o parquet federal concluiu que a operação irregular da G.A.S teria movimentado ”entre 2015 e 2021, R$ 38.223.489.348,97 (trinta e oito bilhões duzentos e vinte e três milhões quatrocentos e oitenta e nove mil trezentos e quarenta e oito reais e noventa e sete centavos), por meio de operações realizadas com pelo menos 8976 pessoas, sendo 6249 pessoas físicas e 2727 pessoas jurídicas, (…) além de funcionar em pelo menos 13 Estados brasileiros, foi constatada a atividade do grupo GAS”.”
O relator do caso é o presidente da CVM, João Pedro Nascimento, que votou para que o casal de golpistas e sua empresa sejam condenados por infrações graves contra o mercado de capitais do Brasil.
Defesa de Glaidson e Mirelis não respondeu CVM
No relatório apresentado pelo relator e presidente da CVM no caso, ele destacou que procurou exaustivamente a defesa dos acusados para apresentação de seus argumentos sobre o caso. Contudo, após inúmeras tentativas, a defesa de Glaidson e Mirelis, assim como da GAS, não retornou a autarquia.
A partir das 15 horas, na sede da CVM no Rio de Janeiro, uma sessão deverá selar o futuro de uma possível punição para a empresa e seus sócios.
A sessão é aberta ao público e ocorrerá presencialmente, no auditório da sede da CVM (Rua Sete de Setembro, 111/34º andar, Centro – Rio de Janeiro). Também será possível acompanhar a sessão por videoconferência, a partir do link https://eventos.netglobestreaming.com.br/netglobe/oferta/xOj-gsSdKaQ. Preencha ‘nome’ e ‘e-mail’ para acessar a sala (não precisa ser o nome completo).
Caso nenhum acusado ou seus respectivos procuradores constituídos nos autos manifeste a intenção de participar da sessão, essa será realizada de forma restrita por meio de votação em sistema eletrônico.
Vale lembrar que o faraó dos bitcoins realizou um depoimento na CPI das Pirâmides Financeiras em julho de 2023.