FMI reconhece que é impossível banir criptomoedas: “é inútil”

Banir as criptomoedas é inútil, principalmente em países emergentes, que arriscam perder o controle do mercado ao fazer este movimento drástico, acredita a economista-chefe do FMI.

Em um evento na Índia, a economista-chefe do FMI reconheceu que banir as criptomoedas é uma prática inútil, recomendando ao invés disso regular o mercado.

Desde 2019, Gita Gopinath atua como Economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), autoridade que tem observado de perto o mercado de criptomoedas. Nos últimos dias, essa associação chegou a pedir para liderar os esforços contra o mercado, em um movimento que chamou a atenção mundial para o tema.

No entanto, com o novo posicionamento de Gita, países deverão observar com mais cautela o mercado. A China, por exemplo, foi um dos governos que baniu o Bitcoin e expulsou empresas do país em 2021.

FMI reconhece que banir criptomoedas é uma prática inútil – “Perderemos o controle”

O assunto criptomoedas se tornou um tabu no FMI, entidade global responsável por promover a cooperação monetária internacional. Quando El Salvador legalizou o Bitcoin como moeda de curso legal, o FMI foi uma das autoridades a atacar o governo do país e encerrar um empréstimo ao território.

Um dos temas em alta no Fundo Monetário Internacional acabou sendo o banimento das criptomoedas, tecnologia que cresceu muito no último ano, com a escalada da inflação no mundo e maior demanda por proteção contra as moedas fiduciárias nacionais.

Mas para Gita Gopinath, banir as criptomoedas é inútil, principalmente em países emergentes, que arriscam perder o controle do mercado ao fazer este movimento drástico, acredita a economista-chefe do FMI.

Em um evento na Índia em que participou, país que sempre cogita banir as criptomoedas, Gita pediu que governos prestem atenção no mercado e regulem ele o mais rápido possível. Em sua visão, essa é a única forma de conter o avanço do mercado e controlar alguns pontos dele, como empresas que atuam no setor.

No evento “Recuperação global e desafios políticos em 2022”, Gita declarou que a natureza descentralizada das criptomoedas é um desafio para a criação de regras ao setor, e governos entendem ser complicado proibir o funcionamento da tecnologia.

Com relação à dificuldade de se rastrear criptomoedas, a economista-chefe do FMI pediu uma intervenção global urgente no mercado, apesar de considerar que essas moedas digitais não são uma ameaça global hoje. No dia 22 de janeiro, Gita assumirá a posição de vice-diretora-geral do FMI, a primeira mulher a ocupar esse cargo na instituição.

China proibiu, mas população continua usando

A fala de Gita Gopinath representando o FMI sobre o banimento das criptomoedas é importante em um ano em que uma das maiores potências mundiais abateu o mercado de seu território.

A China foi um dos principais governos a banir as criptomoedas, o que causou problemas no preço do Bitcoin e em sua mineração. Além disso, empresas fugiram do país e muitas pessoas passaram a ter problemas em utilizar plataformas do mercado.

Contudo, cerca de seis meses após o ocorrido, a mineração do Bitcoin se adequou ao banimento, voltando a registrar recordes de segurança. O preço do Bitcoin foi outro ponto a mostrar recuperação, registrando recorde no último mês de novembro com maior demanda no mercado.

Por fim, a população chinesa voltou a utilizar criptomoedas, mas dessa vez com corretoras que operam fora do país e corretoras descentralizadas do mercado, essas últimas que também são incontroláveis por governos, visto que as transações saem de uma carteira para outra. Ou seja, a economista-chefe do FMI tem razão ao afirmar que é inútil banir as criptomoedas, com um exemplo prático e recente no mercado.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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