O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), alegou ter depressão e insônia para autoridades das Bahamas, em busca de pagar fiança e ser liberado para responder às acusações em liberdade, podendo até prorrogar sua extradição aos Estados Unidos.
Sua ação pode ser apenas uma das artimanhas da defesa para tentar escapar de uma eventual extradição.
Caso chegue em terras norte-americanas, SBF deve ser investigado na esfera criminal, pela CVM dos EUA, a SEC, e em uma situação assim, poderia pegar mais de 165 anos de prisão na pena máxima.
Sam já é considerado um dos maiores golpistas do mercado de criptomoedas por investidores que confiaram na corretora FTX.
Fundador da FTX alega ter depressão e insônia para evitar extradição aos EUA
A defesa de Sam Bankman-Fried luta para manter o fundador da corretora de criptomoedas FTX nas Bahamas.
Para tanto, pediu que as autoridades locais liberassem o pagamento da fiança, visto que seu cliente estaria com depressão e insônia.
Na última segunda-feira (12), pela noite, SBF foi preso por autoridades do país a pedido dos Estados Unidos. Assim, é esperado que em breve sua extradição esteja aprovada, onde responderá pelos seus crimes em várias esferas.
A expectativa de investidores lesados pelo ex-executivo é que sua investigação ajude a encontrar recursos ainda em sua posse. Suas empresas FTX e Alameda Research entraram em colapso no início de novembro, um rombo estimado em 10 bilhões de dólares.
Extradição de SBF deve demorar algumas semanas
Os Estados Unidos possuem acordo de extradição com as Bahamas, país que já declarou estar a disposição para enviar o suspeito embora de seu território.
Contudo, ainda que a disposição dos governos em acelerar o processo seja real, o caso pode muito bem ser outro.
Isso porque, o suspeito pode recorrer da decisão nas Bahamas em várias instâncias. Assim, sua transferência de países deve demorar mais algumas semanas, sendo que é esperado que até fevereiro de 2023, SBF ainda esteja no país.
A defesa de SBF parece disposta a lutar com todas as armas para manter seu cliente no Caribe. Analisando as leis locais e regras de extradição, algumas semanas extras podem ser dadas ao suspeito longe dos EUA, que espera ansiosamente o golpista para começar o interrogatório.
De qualquer forma, enquanto SBF está preso, o novo CEO da FTX, o advogado John Ray, segue analisando o processo diretamente dos Estados Unidos, onde trava uma batalha com autoridades das Bahamas para liberar os bens do fraudador.
Por fim, a queda de braço entre governos é uma derrota para investidores lesados pela empresa. Nos últimos dias, brasileiros contaram como tem sido perder tudo na corretora que faliu.