Fundador da Terra (LUNA) é processado em R$ 302 milhões

A ação foi ajuizada em 23 de setembro, com a audiência marcada para quarta-feira, 2 de novembro.

Do Kown, o fundador da Terraform Labs, companhia responsável pela desastrosa criptomoeda LUNA, está enfrentando uma batalha legal milionária na Coreia do Sul, país onde atuava a sede da empresa. A nova ação coletiva foi registrada em Singapura e pede uma indenização de US$ 57 milhões.

Enquanto as autoridades da Coreia do Sul são as que estão focando em todo o processo criminal contra Kwon, o prejuízo deixado foi para clientes do mundo todo e alguns estão se unindo para buscar ações legais contra o empresário.

Um desses grupos, formado por 350 investidores internacionais, iniciou uma ação coletiva contra Do Kwon alegando que houve o projeto falho em proteger seus investidores.

A ação coletiva alega que, apesar de estar ciente da “fraqueza estrutural” da stablecoin UST, Kwon fez “deturpações fraudulentas”, induzindo os investidores a comprar o ativo. Os investidores alegam que Do Kown deliberadamente mentiu sobre a segurança do LunaUST para atrair investidores, mesmo sabendo que isso poderia prejudicá-los no futuro.

O grupo de reclamantes é representado por Julian Moreno Beltran, um cidadão da Espanha, mas que reside atualmente na Austrália, que afirma ter perdido cerca de US$ 1,1 milhão em TerraUSD.

Já os réus citados no processo, além de Kown, são a Terraform Labs PTE Ltd, incorporado em Singapura, o ex-chefe de pesquisa da empresa, Nicholas Platias, e a Luna Foundation Guard (LFG), um fundo estabelecido para apoiar o crescimento do ecossistema Terra.

Terraform Labs diz ser inocente

Como é de se esperar, a Terraform Labs afirma que não atuou de forma errada com os seus investidores e que, por isso, a ação não possui respaldo legal para afetar a companhia. De acordo com um porta-voz ouvido pelo Wall Street Journal, não houve fraude e os clientes estavam cientes dos riscos.

“Há uma diferença fundamental entre um evento de mercado público e fraude. Os riscos eram conhecidos e discutidos publicamente, e o código subjacente era de código aberto.”, disse o porta-voz da Terraform labs.

A ação foi ajuizada em 23 de setembro, com a audiência marcada para quarta-feira, 2 de novembro.

Enquanto isso, Kwon também é procurado pelas autoridades sul-coreanas, que emitiram um mandado de prisão para o chefe da Terraform Labs e, ao mesmo tempo, a Interpol também aprovou o pedido do promotor sul-coreano para emitir um aviso vermelho para Kwon.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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