Na manhã da última quarta-feira (19), o Ministério Público e a Polícia Militar de São Paulo deflagraram a Operação Sleipnir, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em furtos e roubos de celulares na capital paulista.
A ação foi realizada após investigações conduzidas pelo CyberGaeco, que revelaram que os aparelhos roubados eram usados para acessar aplicativos e dados pessoais das vítimas, abrindo caminho para outros crimes.
Durante a operação, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos na região central de São Paulo. As autoridades identificaram que os criminosos usavam os dados das vítimas para realizar transações ilícitas e transferir valores obtidos com os furtos, que eram então lavados por meio de criptomoedas.
Binance colaborou com autoridades de São Paulo em operação que conseguiu capturar criptomoedas de criminosos
A investigação, conduzida pelo CyberGaeco, utilizou ferramentas de rastreamento de movimentações na blockchain, com a colaboração da Binance, uma das principais corretoras de criptomoedas no Brasil.
Como resultado da operação, as autoridades apreenderam cerca de R$ 60 mil em dinheiro, além de criptomoedas avaliados em aproximadamente R$ 200 mil. A operação não divulgou quais criptomoedas estavam em posse dos criminosos, nem quais dispositivos armazenavam os valores.
Também foram encontrados joias, documentos e diversos dispositivos eletrônicos, incluindo celulares de algumas das vítimas. Com informações do MPSP.
Sleipnir é o nome de um cavalo mitológico da mitologia nórdica, famoso por sua habilidade de viajar entre os mundos. Segundo a lenda, Sleipnir era um cavalo de oito patas, possuído por Odin, o principal deus nórdico. Apesar da lenda, as autoridades não apresentaram o motivo da escolha deste nome para a operação.
Corretora próxima de autoridades brasileiras, principalmente do MP
Em um evento que iniciou na última quinta-feira (20), e que finaliza nesta sexta-feira (21), a Binance também colabora com autoridades do Ministério Público ao explicar maiores detalhes do funcionamento do mercado de criptomoedas.
À mesa de abertura foi seguida das apresentações das empresas parceiras: Binance e Chainalysis. O vice-presidente regional para a América Latina da Binance, Guilherme Nazar, apresentou dados da empresa, que já negociou mais de 100 trilhões de dólares e possui mais de 260 milhões de usuários registrados globalmente.
O Senior Solution Architect LATAM da Chainalysis, Caio Motta, apresentou dados do “Relatório Anual sobre Atividades Ilícitas”, que foi divulgado em fevereiro de 2025.
O seminário é promovido pela Unidade Nacional de Capacitação do Ministério Público (UNCMP), com apoio da presidência do CNMP, do Ministério Público do Mato Grosso do Sul, da Coordenadoria de Inteligência da Investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (CI2-MPRJ) e das empresas Binance e Chainalysis.
Durante os debates, os especialistas foram unânimes ao defender maior atenção dos reguladores e órgãos de fiscalização frente ao rápido crescimento do mercado de criptoativos. Com informações do CNMP.