Possível pirâmide de criptomoedas GR Canis pode ter dado calote de R$ 300 milhões

Promotor do MPSP apurou que pelo menos 300 milhões de reais foram roubados de clientes por empresa suspeita de cometer vários crimes, além do estelionato.

A empresa GR Canis Majoris pode ter deixado um rastro de prejuízos financeiros de R$ 300 milhões aos seus investidores, operando um possível esquema de pirâmide financeira. Pelo menos isso é o que indica uma ação de um promotor do Ministério Público de São Paulo, ao que o Livecoins obteve acesso.

O promotor pede congelamento de contas da empresa para que os clientes possam ter alguma esperança de reaver seu patrimônio. De fato, desde setembro de 2022 algumas queixas começaram a surgir no mercado, com investidores lamentando ter acreditado na empresa.

No perfil da empresa no Reclame Aqui, existem 1.357 queixas de investidores. Nos últimos dias, após a ação proposta pelo MPSP, os clientes intensificaram as denúncias no canal, em busca de respostas, que não chegam mais.

A possível pirâmide ofertava no mercado investimentos em criptomoedas, com rentabilidade fixa ao mês de 3%. Contudo, parou de permitir saques e recebe uma enxurrada de denúncias.

Na ação do Ministério Público, o promotor declarou que “infere-se que há suficientes indícios de autoria dos investigados nos crime de estelionato, lavagem de capitais, organização criminosa e contra a economia popular“.

Ação do MPSP pede o sequestro de bens e valores da GR Canis Majoris e seus líderes, após um possível golpe no mercado de criptomoedas
Ação do MPSP pede o sequestro de bens e valores da GR Canis Majoris e seus líderes, após um possível golpe no mercado de criptomoedas. Reprodução.

Advogado que representa 150 vítimas diz que ação do MP reconhece o crime de estelionato

O Livecoins conversou com o advogado Hector Cardenas, do escritório Cardenas & Torres Advocacia, que representa 150 vítimas da GR Canis. De acordo com ele, a ação do MPSP comprova a existência de crimes já apurados.

“Em procedimento criminal em face da empresa GR Canis, no qual atuamos representando mais de 150 lesados, foi requerido pelo MP/SP o sequestro de bens das empresas e sócios, em valor maior de R$ 288 milhões.

Apontou a autoridade a prática de crimes de estelionato (modalidade pirâmide financeira), lavagem de capitais, organização criminosa e contra a economia popular (Lei 1521/1951).

Utiliza-se a tese da responsabilidade do conglomerado empresarial e desconstituição da pessoa jurídica, para afetar bens de todas empresas investigadas, dos sócios e ainda laranjas.

Tanto as ações cíveis individuais, quanto a criminal, se utilizam de referidas teses e colhem frutos com bloqueio de bens.”

O Livecoins não encontrou o contato das empresas citadas pelo Ministério Público de São Paulo, nem com seus responsáveis, mas o espaço permanece aberto para manifestações.

CPI das Pirâmides Financeiras apura crimes no Brasil

No Brasil, a Câmara dos Deputados apura os crimes de pirâmides financeiras no mercado de criptomoedas. A GR Canis Majoris ainda não está entre as convocadas, mas com a operação solicitada pelo MPSP pode até receber pedidos de esclarecimentos.

De qualquer forma, empresas que prometem lucros fáceis e rápidos no mercado costumam deixar rastros de prejuízos a investidores, sendo a GR Canis mais uma suspeita de operar um esquema.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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