Grupo ameaça injetar heroína em vítimas para que elas liberem suas criptomoedas, crimes vão além

Um grupo conhecido como The Comm está preocupando as autoridades americanas. Em processo publicado no mês passado contra um de seus membros, os EUA relataram um forte envolvimento com criptomoedas, desde roubo até seu uso na lavagem de dinheiro proveniente de outros crimes.

Investigando o caso, um jornalista da revista Vice se infiltrou no Discord do The Comm e revelou supostos crimes assustadores.

Enquanto um jovem aparece amarrado vestindo apenas suas roupas íntimas, outra foto revela uma seringa ao lado de uma carteira de criptomoedas. Segundo relatos, a seringa continha heroína e os criminosos ameaçavam injetá-la caso ele não liberasse o acesso aos seus fundos.

Já em vídeos, os membros do grupo aparecem ostentando relógios, joias e maços de dinheiro. Em outros, também é possível ver pistolas sendo descarregadas em campos de tiro improvisados e também em casas.

SIM swap, ameaças de bomba, roubos e ataques físicos

Segundo o FBI, o grupo The Comm é dividido em vários subgrupos, atuando em diversos estados americanos. Já a Vice relatou que também existem alguns membros britânicos no grupo.

“Além de Macbooks cobertos de sangue e roubos dramáticos, outro vídeo que vi mostra um jovem abordando dois outros jovens perto de sua casa. Um deles sacou uma faca”, apontou o jornalista Joseph Cox em sua matéria, também citando ameças de bomba.

Seguindo, o jornalista aponta que uma garota foi “forçada a escrever o nome de um cara em todo o corpo porque alguém se sentiu traído por ela”. Em outro trecho, também revelou a prática de doxxing contra garotas.

Em conversa, uma das vítimas do grupo afirmou que conheceu um membro do grupo enquanto jogava Minecraft. Após não demonstrar interesse, o agressor ameaçou contratar alguém para estuprá-la e matá-la.

O jornalista também revelou a existência de grupos onde esses serviços são publicados. Enquanto alguns prometem atirar em casas e carros em troca de criptomoedas, outros anúncios também incluem assalto a mão armada e agressões físicas (incluindo facadas).

Em um dos anúncios, um criminoso aponta que aceita “alvos de criptomoedas”. Já em fotos vistas pelo jornalista da Vice, são mostradas diversas capturas de tela com saldos de criptomoedas equivalentes a dezenas e centenas de milhares de dólares.

EUA está preocupado com o grupo criminoso

Em processo dos EUA contra um desses membros, é notado que o grupo também está atrapalhando a vida de pessoas que nem sequer sabem de sua existência. Como exemplo, um anexo mostra um e-mail de ameaças de bombas a uma escola.

“Também tenho explosivos cronometrados na minha escola, que é a Wissahickon High School”, aponta um e-mail compartilhado pelo FBI. “Tenho o AR-15 de meu pai e não hesitarei em me matar ou em qualquer um que tente impedir que isso aconteça. Vocês todos vão morrer em uma morte terrível. Todos na sua escola vão morrer.”

O documento também faz várias menções a “criptomoedas”, apontando os criminosos estão visando tais investidores, mas também usando-as para lavagem de dinheiro proveniente de outros crimes.

“Eu sei que esse grupo comete crimes cibernéticos regularmente, como roubos de criptomoedas e swatting”, aponta o processo. Swatting refere-se a um tipo de pegadinha no qual a polícia é enviada ao endereço da vítima, a fim de deixá-la constrangida. A prática é criminosa.

Processo dos EUA contra um dos membros do The Comm citando criptomoedas.
Processo dos EUA contra um dos membros do The Comm citando criptomoedas.

Por fim, a revelação de supostos crimes cometidos por este grupo também apresentam novas questões. Afinal, recentemente diversos milionários das criptomoedas morreram de maneira suspeita, levantando teorias da conspiração pela comunidade. No último mês, um médico conhecido por ter se tornado milionário graças às criptomoedas foi encontrado morto com ferimentos de tiro.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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