Grupo neonazista pede doações em criptomoedas para financiar guerra-civil nos EUA

Rinaldo Nazzaro, ex-contratado do Pentagono e analista do Departamento de Segurança Interna, está montando equipes armadas enquanto se prepara uma guerra-civil nos EUA. Segundo mensagens publicadas em seu canal do Telegram, divulgadas pelo The Guardian, ele está pedindo doações em criptomoedas para financiar seu plano.

Nazzaro é o criador do “The Base”, um grupo paramilitar neonazista que surgiu em 2018 e desde então está recrutando novos membros. Além dos EUA, o grupo também está se expandindo na Europa, África do Sul e Austrália.

As novas informações é que Nazzaro está disposto a pagar um salário de US$ 1.200 para o líder de cada nova célula do grupo, que conterá entre 6 a 12 membros cada. Tal salário viria de suas próprias economias, mas também de doações mensais recebidas em Bitcoin e Monero.

“Você deve ter conhecimento e experiência em técnicas de campo, sobrevivência na selva e/ou táticas de pequenas unidades”, disse Nazarro na postagem, notando que o líder deveria ter 21 anos, possuir uma carteira de motorista válida, um histórico limpo e outras habilidades específicas.

“Experiência militar prévia não é necessária, mas é altamente desejável. Como líder da equipe, suas responsabilidades incluirão recrutar, avaliar e manter uma equipe A de 6 homens (ou possivelmente 12 homens); organizar, conduzir e documentar sessões de treinamento da equipe pelo menos uma vez por mês.”

Como destaque, o The Guardian aponta que o NSC-131, outro grupo neo-nazista, fundado por um ex-membro do Base, teria recebido US$ 15.000 em doações em crowdfunding e esquemas com criptomoedas. Portanto, a tática não é nova.

Segundo Joshua Fisher-Birch, analista do Counter Extremism Project, Nazzaro recebeu US$ 3.000 em criptomoedas, mas já gastou muito mais que isso de seu próprio bolso para financiar seu grupo.

“Nazzaro afirmou que apoiou o movimento aceleracionista com mais de US$ 10.000 através de seu ‘estoque pessoal de criptomoedas’, e alegou ter gastado mais de US$ 20.000 no The Base, sem incluir o terreno no estado de Washington que comprou”, comentou Fisher-Birch.

Tal terreno seria usado como tanto como um campo de treinamento de sobrevivência, mas também para abrigar seus membros.

Grupo neo-nazista usa criptomoedas para expandir suas operações

O The Base já foi identificado como um grupo terrorista pelos EUA e outros países, alguns membros do grupo já foram presos e outros sofrem sanções. Portanto, o uso de criptomoedas seria uma forma de contornar essas restrições financeiras.

Conforme o líder de cada célula receberia US$ 1.200 como uma forma de salário, Rinaldo Nazzaro pede que esses líderes repassem parte do valor aos outros membros enquanto formam bases paramilitares caso ocorra uma guerra civil ou colapso da sociedade.

Segundo as informações, Nazzaro teria se casado com uma russa e estaria vivendo em São Petersburgo. Ou seja, estaria organizando essas células remotamente, sendo mais um motivo para o uso de criptomoedas.

“Embora seja difícil determinar suas conexões exatas com o governo russo, ele fez o chamado em um momento em que o governo dos EUA está aumentando os alertas sobre interferência estrangeira nas eleições”, disse Lucas Webber, especialista em terrorismo global do The Soufan Center.

“Isso também ocorre em meio a um aumento de incidentes suspeitos de sabotagem na Europa e enquanto as autoridades francesas estão preocupadas com um possível vínculo entre a Rússia e grupos ativistas e dissidentes domésticos.”

Em 2020, o grupo teria cerca de 50 membros, mas o número teria caído devido a prisões e pressão das autoridades. De qualquer forma, o jornal britânico destaca que ainda é possível encontrar fotos de homens bem armados, vestindo trajes táticos nos EUA, que servem para atrair outros extremistas.

Em um dos vídeos usados como propaganda, gravado em 2019, até mesmo um anti-terrorista infiltrado aparece nas imagens, demonstrando tanto o empenho do grupo quanto suas fraquezas.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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