Um grande piramideiro de criptomoedas foi preso em uma ação da Guarda Civil na Espanha, que deflagrou a Operação Bitdrop nos últimos dias.
De origem em Portugal, o homem de 45 anos não teve seu nome revelado pelas autoridades e é apontado como o maior golpista foragido na Europa.
Naquele continente, não é comum o surgimento de grandes pirâmides financeiras ligadas a criptomoedas, mas casos esporádicos acabam acontecendo. Isso mostra que cooperações internacionais tem efetuado prisões de líderes de esquemas com criptomoedas em todo mundo, principalmente quando estes chamam atenção pelo alto volume captado.
Guarda Civil deflagra Operação Bitdrop prende piramideiro de criptomoedas famoso
Um português foi finalmente preso em Valência, na Espanha, após deixar um rastro de prejuízo neste país e em Portugal.
Essa operação teve início em agosto de 2021, quando buscou apurar os fatos apresentados em denúncias, que levaram a investigação por sete crimes diferentes, como fraude e lavagem de dinheiro.
“O detido havia criado uma suposta plataforma de investimento em criptomoedas em um site, que foi divulgada através de vários fóruns, programas de rádio, eventos esportivos e até movimentos de caridade, a fim de atrair a atenção e o investimento de inúmeras pessoas em Espanha e Portugal.”
Com promessas de rendimentos de 2,5% semanais, no mínimo, ele captou milhares de euros das vítimas, que também convidavam pessoas para ingressar no golpe em busca de rentabilidades no mercado.
Arrecadando uma boa quantia, o líder do esquema comprou 7 carros de luxo, e levava uma vida de alto padrão. Além da Espanha e Portugal, ele arrecadou dinheiro de pessoas em Luxemburgo e Suíça também, sendo investigado em vários jurisdições da Europa.
Contas bancárias e carros foram bloqueados, sendo arrecadado pela Guarda Civil da Espanha mais de 2 milhões e meio de euros, que daria algo em torno de R$ 16 milhões de prejuízo a investidores. O caso já foi entregue ao tribunal responsável pelo caso, que deverá seguir com o processo na justiça.
Espanha recentemente prendeu golpista a pedido da Interpol
Em novembro de 2021, a Espanha também deteve um golpista de criptomoedas a pedido da Interpol no país, responsável pela criação do token “HODLIFE, The Unicorn Token“. Esse token foi comprado por cerca de 1 mil investidores, que acreditavam que seria possível receber rendimentos de operações em uma plataforma, deixando um rastro de 500 mil euros de prejuízo.
No Brasil, por exemplo, a PM de Goiás prendeu um líder de um esquema sul-africano na última semana, que já foi encaminhado a PF e Interpol para diligências.
Esses casos mostram que mesmo aqueles que se escondem continuam na mira das autoridades após aplicar golpes de investimentos no mercado de criptomoedas.